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Bloco 14 de Angola quer aumentar para 51 milhões de barris de petróleo

A concessionária petrolífera angolana e o grupo empreiteiro do Bloco 14, que integra a Galp, assinaram hoje um acordo para produzir até 51 milhões de barris de petróleo até 2028, somando 400 milhões de dólares às receitas do Estado.

Bloco 14 de Angola quer aumentar para 51 milhões de barris de petróleo
Notícias ao Minuto

14:18 - 20/02/20 por Lusa

Economia Bloco 14

O memorando de entendimento foi hoje assinado, em Luanda, entre a Agência Nacional de Petróleos e Gás e Biocombustíveis (ANPG), na qualidade de concessionária, reguladora e fiscalizadora no segmento 'upstream' e a Chevron, Sonangol Pesquisa e Produção, ENI e Galp.

Em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da Galp, Diogo Martins, disse que este acordo significa para o Bloco 14 o aumento da sua capacidade e competitividade da produção e de novos projetos que vão gerar um incremento de cerca de 50 milhões de barris, estimados em 370 milhões de euros.

A Galp, com uma participação de 9% no Bloco 14, está também presente nos Blocos 32 e Bianzi, nos quais conta com vários projetos, cada um deles de desenvolvimento de produção.

"Existem várias iniciativas de maior investimento que vão trazer, a médio prazo, mais produção para os três blocos", disse Diogo Martins, salientando que os investimentos são recorrentes.

Na sua intervenção, o presidente do conselho de administração (PCA) da ANPG, Paulino Jerónimo, disse que este acordo foi alcançado após várias rondas de negociações.

Segundo Paulino Jerónimo, a ANPG e o grupo empreiteiro acordaram juntar as áreas de desenvolvimento do Kuito, Benguela, Belize, Lobito e Tomboco, numa única área de desenvolvimento denominada Tombwa-Lândana.

Este acordo vai também permitir ajustar a partilha de petróleo-lucro para 80/20 a favor da concessionária nacional e um investimento adicional no bloco na ordem dos 600 milhões de dólares (555 milhões de euros), além do incremento da produção com impacto positivo para os resultados económicos de Angola, descreveu ainda o PCA da ANPG.

O responsável sublinhou que este acordo se enquadra na estratégia do executivo, que visa atenuar o declínio acentuado da produção petrolífera, bem como a geração de mais postos de trabalhos.

Acordos do género foram já assinados com vários blocos, nomeadamente o Bloco 15, em junho de 2019, e recentemente o Bloco 17 e o Bloco 18, estando previsto para os próximos tempos um novo acordo para o Bloco 0, disse Paulino Jerónimo, em declarações à imprensa.

Por sua vez, o diretor-geral da Chevron, Derek Magnes, que falou em representação do grupo de operadores, disse que o memorando representa um passo significativo para a revitalização da exploração e produção petrolífera no Bloco 14, adiantado que estava a ser negociado há mais de um ano.

Dereck Magnes destacou ainda a abertura e transparência das políticas governamentais que levam a apostar em mais investimentos nesta área de atividade.

Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola, Diamantino de Azevedo, considerou o memorando um instrumento importante para a estabilização da produção do petróleo no país e para o aumento de novos empregos e manutenção de empregos.

O governante angolano defendeu a continuação destas ações, enaltecendo a boa relação entre a ANPG e as empresas operadoras, para que o setor possa vencer todos os desafios e fazer com que a indústria de hidrocarbonetos continue a desempenhar um papel importante na economia.

"Há dois dias tivemos a oportunidade, em Cabinda, de lançar o projeto da Chevron e parceiros, no sentido de construção de refinarias para o Lifua, que também é um passo significante no aproveitamento das alterações legislativas que foram efetuadas em relação aos campos marginais", realçou.

O titular da pasta dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola disse esperar que outras iniciativas do género "aconteçam e desta maneira o setor de hidrocarbonetos continue a significar uma componente também de diversificação da economia".

"O objetivo é maximizar cada barril de petróleo que seja explorado no país e isso só é possível quando nós pensamos na indústria ao longo de toda a sua cadeia. Queremos mais uma vez motivar as empresas operadoras para que olhem para os hidrocarbonetos em toda a sua extensão e que apoiem as iniciativas do Governo neste sentido", referiu.

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