Centeno: Madeira vai poupar 100 milhões até ao final do empréstimo
O ministro das Finanças disse hoje que a redução dos juros permitirá à Madeira poupar cerca de 100 milhões de euros até ao final da maturidade (2044) do empréstimo de 1.500 milhões de euros contraído ao Estado em 2012.
© Reuters
Economia Mário Centeno
Mário Centeno fez esta revelação - que vem ao encontro de uma reivindicação do Governo Regional - durante o jantar das '500 Maiores e Melhores Empresas' da região promovido no Funchal pelo Diário de Notícias da Madeira.
"A poupança de juros que a Região Autónoma vai ter ao longo da maturidade do seu empréstimo é superior a 100 milhões de euros. Sete milhões de euros já em 2019 e, com a descida prevista do custo médio de financiamento para Portugal para 2020, vamos juntar a esses sete milhões mais dois milhões e meio de redução dos juros pagos pela Região Autónoma desse empréstimo", exemplificou o ministro de Estado e das Finanças.
Ao abrigo do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, a Madeira pediu ao Estado, em 2012, um empréstimo de 1.500 milhões de euros contraído devido a uma dívida regional, ao tempo dos governos de Alberto João Jardim, no valor de 6,3 mil milhões de euros.
Esse empréstimo, a pagar em 25 anos, mas que depois foi alargado por mais sete anos, tinha uma taxa de juro de 3,375% muito superior àquela que o Estado se financiava nos mercados internacionais (2,5%) que, em meados deste ano, foi reduzida para 2,8%.
Mário Centeno destacou também que Portugal cresce há 22 trimestres consecutivos e que a Madeira o faz há 76 meses.
"É um período longo de crescimento, é um período de crescimento económico que permitiu à Região Autónoma da Madeira convergir com a média da União Europeia", reconheceu, salientando que Portugal segue o mesmo caminho.
"Portugal hoje segue um caminho de sucesso", observou, notando que as contas regionais "mostram que na Região Autónoma da Madeira o investimento tem crescido mais do que no continente e, portanto, não é de estranhar que a produtividade esteja a crescer mais" neste arquipélago "do que no conjunto da economia portuguesa e isto é bom porque esse é o caminho".
Mário Centeno mostrou-se ainda satisfeito por ver "todo o território nacional a partilhar deste bom momento" da economia portuguesa.
"Devemos continuar a investir nos serviços de saúde, nacionais e regionais, por isso temos trabalhado com o Governo Regional [o Orçamento de Estado já garantiu 50% da construção do Hospital Central da Madeira]", acrescentou.
Para o ministro das Finanças, o facto de o país ter as suas contas consolidadas e de prever um superávite no final de 2020 "é um momento de grande afirmação de Portugal na Europa e de afirmação de todos os portugueses".
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