O acordo foi classificado pelo ministro israelita da Energia, Yuval Steinitz, como "um marco histórico" para Israel, que referiu tratar-se do projeto de cooperação económica mais significativo entre os países vizinhos desde a assinatura de um acordo de paz, em 1979.
Com a ativação do campo de gás, Israel espera conseguir deixar de usar carvão como energia principal e potencialmente revolucionar a sua economia, até porque a União Europeia será um dos potenciais clientes a curto prazo.
A União Europeia tem tentado reduzir a sua dependência do gás russo, incentivando a criação de novas rotas de entrega de gás, inclusive através do Mediterrâneo oriental.
"A revolução do gás natural transforma-nos numa potência energética e permite não apenas passarmos a contar com um rendimento enorme, mas também obter uma redução drástica da poluição do ar", explicou Yuval Steinitz.
Além dos benefícios económicos, a possibilidade de exportar gás também ajudou Israel a aproximar-se de governos árabes e de outros países do Mediterrâneo.
No ano passado, Israel assinou um acordo no valor de 13,5 mil milhões de euros para fornecer gás ao Egito por um período de 10 anos, o que permitirá aos dois países tornarem-se importantes atores regionais do setor da energia.