Economia deve ter desacelerado "ligeiramente" no 3.º trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter desacelerado "ligeiramente" no terceiro trimestre face ao trimestre anterior, segundo a estimativa do Fórum para a Competitividade, que coloca o crescimento homólogo entre 1,7% e 1,9%.
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Economia Fórum para a Competitividade
Na sua nota mensal, referente a outubro, a organização salienta que "no 3º trimestre de 2019, o PIB de Portugal deve ter crescido entre 1,7% e 1,9% em termos homólogos, desacelerando ligeiramente face ao trimestre anterior".
No final de agosto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que no segundo semestre o PIB aumentou 1,8% em termos homólogos.
O Fórum alertou ainda para as consequências "perigosas" que podem resultar da subida do salário mínimo.
"É provável que uma desaceleração da economia internacional conduza a um enfraquecimento da economia portuguesa e possa trazer uma subida da taxa de desemprego. Nesse contexto, subidas extraordinárias dos salários revelar-se-iam muito perigosas, podendo potenciar um aumento adicional do desemprego, criando um peso significativo nas contas públicas, para além do custo humano", lê-se na nota.
A organização aconselha cautela sobretudo se a taxa de desemprego subir acima dos 7%, porque a "taxa natural de desemprego está entre os 6% e 7%" e pede, neste caso, "que as subidas extraordinárias [do salário mínimo] sejam suspensas".
O Fórum diz ainda que devem ser diminuídas "as contribuições para a Segurança Social no interior, onde é muito mais difícil de absorver estas subidas extraordinárias dos salários".
O Governo quer aumentar o salário mínimo dos atuais 600 euros para os 750 euros até 2023.
"Entre 2015 e 2019, o salário mínimo teve uma subida extraordinária acumulada de 19%, quando a inflação acumulada foi de apenas 4%, o que implica uma subida do salário mínimo em termos reais de 14%", lembrou o Fórum, defendendo que "os parceiros sociais e o Governo parecem estar iludidos que se pode continuar a aumentar os salários sem qualquer ligação com a produtividade".
A nota mensal da organização assinala que em setembro, "a taxa de desemprego subiu, de 6,4% para 6,6%, sobretudo devido ao crescimento da população ativa".
Para o Fórum, é ainda "inaceitável" que Portugal tenha voltado a perder posições no índice do Banco Mundial 'Doing Business', estando em 39.º lugar, quando em 2015 estava na 23.ª posição.
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