O voo mais longo do mundo aconteceu este fim de semana, efetuando a ligação entre Nova Iorque e Sydney. Demorou 19 horas e meia e, a bordo, foi montado um autêntico laboratório, com o objetivo de testar a resistência humana a tanto tempo de voo.
A ligação aérea foi efetuada pela Qantas Airways Ltd., a bordo de um Boeing, com cerca de cinco dezenas de pessoas. Um jornalista da Bloomberg, Angus Whitley, participou neste voo experimental e conta a sua experiência.
Eis alguns registos:
- Descolagem: "As luzes estão acesas e temos instruções para ficar acordados durante pelo menos seis horas, até ser noite na Austrália."
- Duas horas depois: "É hora de comer e um momento chave para a experiência. É suposto que os pratos especialmente pensados me confortem. (...) As seis cobaias humanas no centro da investigação estão sentadas num lado da cabine. Quero fazer o meu próprio conjunto de testes para ver como o meu corpo se está a aguentar."
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Três horas depois: "Nesta altura eu e os restantes passageiros estamos de pé apenas para ficarmos acordados."
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Quatro horas depois: "Poucodepois, a equipa está encostada aos carrinhos de comida da cozinha, esticando-se. Depois, fazem flexões verticais entre na classe económica. Por fim, tentam sincronizar movimentos de dança nos corredores. Tudo em nome da ciência."
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Sete horas depois: "Chega uma segunda refeição. Para mim, ser alimentado duas vezes num período relativamente curto ajudou a passar o tempo mais depressa durante a primeira parte do voo. (...) Finalmente, as luzes são enfraquecidas e parece que estou libertado. Durmo seis horas seguidas."
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Após 14 horas: "De uma forma geral, os meus próprios exames médicos sugerem que estou a lidar bem com a situação."
- 17 horas depois: "Um dos passageiros frequentes, o investidor de Sydney, Nick Mole, diz que dormiu quase oito horas e sente-se bem."
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Preparação para aterrar: "Pessoalmente, escolheria um voo direto entre Sydney e Nova Iorque ao invés de um com escala. Mas não isto não servirá a todos: foi preciso disciplina e trabalho para manter a rotina de não dormir na primeira metade do voo."
