"A AdC já foi notificada da compra da Media Capital pela Cofina", afirmou.
Em 21 de setembro, a Cofina anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para comprar a totalidade das ações que detém na Media Capital, valorizando a empresa ('enterprise value') em 255 milhões de euros.
Agora, a AdC tem "um prazo de 30 dias úteis" para apreciar a operação, caso esta não passe a investigação aprofundada, explicou a mesma fonte.
A contagem do prazo é suspensa sempre que são pedidos elementos às empresas e pelo tempo que estas demorarem a responder.
"A partir da data de produção de efeitos da notificação, a AdC tem cinco dias úteis para publicar os elementos essenciais da operação e dar 10 dias úteis para eventuais interessados apresentarem observações", adiantou.
"Enquanto isso, a AdC analisa a operação com o objetivo de determinar os efeitos sobre a estrutura da concorrência", segundo a Autoridade da Concorrência.
Antes da decisão final, a entidade envia à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) para pedido de parecer.
É de referir que o parecer da ERC, regulador dos media, é vinculativo, caso seja negativo.
Isto significa que se a ERC 'chumbar' a operação, a Autoridade da Concorrência não poderá dar 'luz verde' à operação.
O pedido de parecer à Anacom deve-se a questões ligadas ao espectro radioelétrico e emissores de televisão.
O prazo para a Cofina requerer à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o registo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital termina no dia 11 de outubro.
O grupo Cofina detém, além do Correio da Manhã e do Record, a CM TV, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, entre outros títulos.
Por sua vez, a Media Capital conta com seis canais de televisão e a plataforma digital TVI Player. Além da TVI, canal generalista em sinal aberto que celebra 26 anos, conta com a TVI24, TVI Reality, TVI Ficção, TVI Internacional e TVI África.
A Media Capital tem também rádios, onde se inclui a Comercial.
