Os gastos dos turistas aumentaram para 56.200 milhões de euros em 2018, mais 5% do que no ano anterior, anunciou hoje o Governo francês, que realizou um conselho interministerial dedicado ao turismo.
Por origens, a maior progressão de visitantes em termos relativos foi a dos asiáticos, com um acréscimo de 7,4% (para mais de 6,4 milhões de visitantes), graças sobretudo ao aumento dos turistas da índia, com um aumento de 16%, mas também pela recuperação dos japoneses, com uma subida de 11%.
Em relação aos europeus, que em conjunto representaram 79% do total (70 milhões), o aumento foi de 2,5%, com uma dinâmica particularmente favorável dos holandeses (10%) e dos italianos (5%).
Os turistas procedentes do continente americano aumentaram para quatro milhões, mais 4%, os do africano para 2,9 milhões, mais 4,5%, e os da Oceânia para 1,1 milhões, mais 1,5%.
As dormidas de visitantes estrangeiros aumentaram 5,4%, beneficiando em boa parte dos hotéis (mais 7,6%), que registaram uma taxa de ocupação média recorde de 62,5%, mais 1,3 pontos percentuais do que em 2017.
Em 2018, Paris voltou a recuperar a liderança como cidade com mais congressos internacionais (212), à frente de Viena (172), Madrid (165) e Barcelona (163).
Por países, França subiu para a quarta posição na organização de congressos e convenções internacionais, atrás dos Estados Unidos, Alemanha e Espanha.
A crise dos "coletes amarelos" continuou a atingir negativamente a atividade turística em França no início de 2019, já que o número de turistas no país caiu 5,6% nos dois primeiros meses face ao mesmo período de 2018, mas mesmo assim as receitas foram superiores.
Apesar de tudo, o executivo esforçou-se em sublinhar que os profissionais do setor hoteleiro mantêm o otimismo em relação à melhoria da confiança no mês de março, divulgada pelo instituto nacional de estatística francês, INSEE.
Outros elementos que alimentam esta perceção são o acréscimo de 1,5% dos hóspedes franceses nos hotéis desde o início do ano ou a subida de 3,4% das reservas aéreas a partir do Estados Unidos, que é o país mais importante fora da Europa para o turismo francês.