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Grupo SAG aumenta prejuízos em 13 vezes para 186,8 milhões de euros

O grupo automóvel SAG Gest teve prejuízos de 186,8 milhões de euros em 2018, o que representa 13 vezes mais do que os 13,8 milhões de euros negativos de 2017, segundo a informação que consta no Relatório e Contas hoje divulgado.

Grupo SAG aumenta prejuízos em 13 vezes para 186,8 milhões de euros
Notícias ao Minuto

20:15 - 13/05/19 por Lusa

Economia Grupo

A grupo diz que, em base comparável, o volume de negócios consolidado foi de 535,1 milhões de euros, "o que representou uma redução de cerca de 13,7% em relação ao valor de 2017", de acordo com o documento divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No final da noite de 30 de abril, o empresário João Pereira Coutinho, que lidera a SAG GEST - Soluções Automóveis Globais, anunciou a intenção de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a SAG GEST, pagando uma contrapartida de 0,0615 euros por ação.

O empresário acordou ainda vender a maior empresa do grupo, a SIVA (que comercializa as marcas Volkswagen, Audi e Skoda), à Porsche (sociedade pertencente ao Grupo VW) por um euro.

Esta operação, segundo a informação então divulgada, deverá ser fechada até 30 de setembro mas depende de vários fatores, como o sucesso da OPA e a homologação pelo tribunal do Programa Especial de Revitalização da SAG.

No âmbito deste processo, a SAG conseguiu um perdão de dívida com os bancos Caixa Geral de Depósitos, BCP, Banco BPI e Novo Banco, superior a 100 milhões de euros.

A informação hoje divulgada indica que as operações a alienar à Porsche (que incluem SIVA--Sociedade de Importação de Veículos Automóveis, SIVA Serviços -- Assessoria Financeira e Administrativa, Soauto, A00 --Sociedade de Formação Profissional e Consultoria Técnica e Globalrent -- Sociedade Portuguesa de rent-a-car) tiveram prejuízos de 32,1 milhões de euros em 2018, o que é 3,5 vezes mais do que os 9,0 milhões de euros negativos de 2017.

O EBITDA consolidado foi, em base recorrente, negativo em 700 mil euros, o que a empresa diz ter sido "muito influenciado pelo resultado do primeiro trimestre do ano" com um prejuízo de 3,6 milhões de euros.

A dívida líquida consolidada da SAG Gest era, no final do ano de 2018, de 129,1 milhões de euros, mais 3,2% do que em 2017.

Quanto aos automóveis vendidos pela SIVA, em 2018 foram 20.349 veículos, menos quase 10 mil do que em 2017, quando foram comercializadas 30.171 unidades. Isto correspondeu uma quota de 8,4% no mercado de veículos ligeiros de passageiros, abaixo da quota de 12,8% de 2017.

Segundo a SAG, "esta redução de volumes, transversal a todas as marcas representadas pela Subsidiária SIVA, deve-se essencialmente a três fatores".

Estes são a "forte redução do volume relativo ao negócio de rent-a-car [aluguer de carros]", que atribui à margem reduzida e ao elevado risco envolvido com a recompra dos carros, a "eliminação do volume de 'self registration' (viaturas matriculadas para venda em períodos subsequentes), devido ao elevado nível de descontos que este tipo de venda envolve" e ainda à "falta de disponibilidade de 'stocks' de inúmeros modelos de todas as marcas, resultante de atrasos na produção decorrentes do novo processo de homologação dos veículos automóveis (WLTP) na Europa, com impacto significativo nas [...] vendas a partir de agosto de 2018".

Por marcas, a Volkswagen atingiu em 2018 um volume de vendas de 12.408 veículos ligeiros de passageiros, abaixo dos 16.473 de 2017, justificando a informação hoje divulgada com a redução da presença no canal 'rent-a-car', assim como noutros canais pouco rentáveis.

Já no mercado de Veículos Comercias Ligeiros, a Volkswagen registou um volume de 1.274 unidades.

A marca Audi atingiu em 2018 um volume de 4.851 unidades, abaixo das 9.614 de 2017.

A Marca Skoda comercializou no ano passado 1.792 unidades, inferior às 2.280 de 2017.

Em sentido contrário, diz a SAG que as marcas de luxo Bentley e Lamborghini tiveram em 2018 o maior volume de vendas de sempre, ao vender 17 Bentley (face 10 em 2017) e sete Lamborghini (quatro em 2017).

A venda de peças e acessórios atingiu em 2018 o valor de 64,1 milhões de euros, menos 2,2% em relação a 2017.

Ainda no final de 2018, a SAG Gest e as suas participadas tinham 648 trabalhadores, menos 29 do que em final de 2017.

Diz a empresa que "a política de mobilidade interna continua a ser uma realidade, visando proporcionar aos colaboradores novos desafios profissionais e uma valorização constante das suas carreiras. Durante o ano de 2018 foram abrangidos 22 colaboradores que integraram novas funções na organização e/ ou mudaram de empresa".

Em 02 de maio, na apresentação de resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o presidente do banco público disse, quando questionado sobre o perdão da dívida, que um banco aprova este tipo de operação quando tal lhe garante maior recuperação do crédito e que também é levada em conta a manutenção de empregos.

"As decisões são feitas em termos de alternativa, qual é que é o valor atual mais elevado para banco", disse Paulo Macedo, acrescentando que também "não passa ao lado manter ou não 650 postos de trabalho".

"É da ponderação destes fatores - não é propriamente de se vai perdoar cinco, 10 ou 15 [milhões] - que as equipas de reestruturação de créditos veem a melhor forma de ressarcimento do banco", concluiu Macedo.

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