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Aumento do PIB mais determinado pelo emprego do que pelo investimento

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal nas últimas décadas foi mais determinado pelo desenvolvimento do emprego do que do investimento, segundo um estudo conjunto dos ministérios das Finanças e Economia.

Aumento do PIB mais determinado pelo emprego do que pelo investimento
Notícias ao Minuto

12:42 - 29/03/19 por Lusa

Economia Estudo

De acordo com o estudo do Conselho para a Produtividade, composto pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças e pelo Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia, o ritmo do crescimento do PIB foi, "em grande parte", determinado pelos desenvolvimento do emprego (fator trabalho), o que "consubstancia o menor contributo do investimento (fator capital) para a dinâmica de crescimento".

O emprego está também ligado à produtividade, uma vez que a evolução recente desta "está, em parte, associada ao aumento do emprego e ao menor nível de 'stock' de capital por trabalhador", de acordo com o estudo hoje divulgado.

O setor dos serviços foi o que registou "menor crescimento da produtividade do trabalho", já que o aumento do emprego no setor não foi "acompanhado por um crescimento proporcional do VAB [Valor Acrescentado Bruto]".

Para o conselho, "observa-se um crescimento do contributo desempenhado pelo capital humano (fator qualidade do trabalho)".

No entanto, o estudo alerta também para que "a disparidade nas qualificações que ainda persiste no total da população ativa, adquirindo particular relevância as qualificações dos gestores portugueses, constitui um fator limitativo do crescimento da produtividade".

O estudo aponta que "as empresas portuguesas apresentam ainda níveis elevados de pressão financeira e reduzidos níveis de autonomia", e releva o papel da "robustez do sistema financeiro", que constitui "um fator essencial ao crescimento do investimento e da atividade económica".

Em termos de inovação e desenvolvimento, "é ainda visível a disparidade entre Portugal e os países da União Europeia" e "concentra-se sobretudo no setor público, não estando suficientemente direcionada para as necessidades empresariais".

A análise dos gabinetes dos dois ministérios sugere ainda "importantes alterações estruturais positivas na composição dos contributos para o crescimento económico".

Algumas dessas alterações são o facto de a produtividade total dos fatores ter registado, "pela primeira vez desde a crise, um contributo positivo para o crescimento do PIB", em 2016 e 2017, "uma participação crescente dos produtos das tecnologias de informação e comunicação" na composição do capital, ou a redução da componente da construção no investimento, tendo sido, em parte, substituída por "ativos mais produtivos como propriedade intelectual e máquinas e equipamentos".

O estudo do Conselho para a Produtividade conclui ainda que "o crescimento da produtividade foi dominado por um efeito de crescimento intrassectorial", e que "o efeito global associado a alterações estruturais na economia foi relativamente maior em Portugal do que na zona euro".

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