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Macedo admite que debate em torno da CGD provoca danos na instituição

O presidente executivo da CGD disse hoje que o debate que está a haver em torno do banco público provoca danos na instituição e que mais quatro meses de nova comissão de inquérito continuarão a desestabilizar a entidade.

Macedo admite que debate em torno da CGD provoca danos na instituição
Notícias ao Minuto

19:27 - 01/02/19 por Lusa

Economia Banco

"Os danos não só foram significativos como percebendo os interesses em presença, nomeadamente o interesse público da Assembleia da República, que respeitamos, mais quatro meses nisto dará um dano de que quando as pessoas estão a ir trabalhar vão pensar nas notícias de hoje, nas conversas de ontem, em vez de estarem focadas no cliente", disse Paulo Macedo na conferência de imprensa de apresentação das contas de 2018, em que o banco público teve lucros de 496 milhões de euros.

O gestor e ex-ministro da Saúde do governo PSD/CDS-PP liderado por Passos Coelho considerou que "existir este labéu sobre a Caixa obviamente que desestabiliza as pessoas", isto quando o banco está em reestruturação, tem de cumprir objetivos "ambiciosos" para poder ser sustentável e continuar a reduzir trabalhadores.

"Respeitamos a Assembleia da República mas era bom que alguém de vez em quando, designadamente alguém que soubesse de gerir empresas, percebesse o que é estar a trabalhar e falar com clientes como se fosse nada, e isso não existe", acrescentou.

A CGD está envolvida em nova polémica desde a semana passada devido à divulgação da versão preliminar (de dezembro de 2017) de uma auditoria da YE à gestão do banco entre 2000 e 2015, que revelou concessão de créditos mal fundamentada, atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, interferência do Estado e aprovação de empréstimos com parecer desfavorável ou condicionado da direção de risco.

Uma nova comissão parlamentar de inquérito à CGD deve agora avançar, depois de o CDS-PP ter negociado com PS, BE e PSD um texto comum de proposta.

O presidente da CGD entregou hoje ao início da tarde, no parlamento, a versão final da auditoria, depois de a Procuradoria-Geral da República não se ter oposto à sua divulgação, que já está disponível no 'site' da Assembleia da República.

Paulo Macedo disse ainda na conferência com jornalistas que a versão preliminar da auditoria tem uma data anterior à finalização do trabalho de campo pela consultora que a realizou, uma vez que esse trabalho de campo só terminou em 31 de janeiro de 2018, e que ainda não tinham falado com várias das pessoas envolvidas nos processos de crédito, designadamente administradores.

Segundo Macedo, o objetivo foi "tentar pôr como culpados todos os ex-administradores da Caixa".

"Eu relembro que não é neste banco que há pessoas condenadas pelo Banco de Portugal, nem sequer há ninguém condenado, nem ninguém foi objeto de processos formais, e poderá haver processos-crimes, mas o que é certo é que processos-crimes existem noutros bancos e não neste", afirmou.

O gestor considerou que se quis lançar um "ónus de mediocridade" sobre todos e criticou "alguns que deram a entender que o que se passou na altura ainda se podia passar hoje".

"Como não pode ser ignorância, face às mudanças de governação, alteração de supervisão, alteração de critérios de risco, alteração da seleção de administradores, alteração da regulação, tem de ser considerado má-fé e com vários danos infligidos e isso esta administração não admite", concluiu.

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