De acordo com o boletim mensal do IGCP, a agência que gere a dívida portuguesa, as famílias portuguesas investiram 157 milhões de euros em certificados de aforro em setembro e levantaram 58 milhões, o que dá um saldo de 99 milhões.
Desde o início do ano, os portugueses investiram mais 349 milhões de euros em certificados de aforro, um instrumento de dívida que pretende captar a poupança das famílias, tendo o Estado um saldo acumulado de 10.018 milhões de euros nestes títulos.
Em agosto do ano passado, o Governo alterou as condições de remuneração dos certificados de aforro das séries B e C, que passaram a ter um prémio fixo a partir de setembro de 2012, ficando em ambas as séries com um retorno de cerca de 3,2%.
No caso da série B, a melhoria da remuneração traduziu-se num aumento do prémio fixo de 1,0 por cento (100 pontos base), passando a remuneração a ser de 3,2808%.
Para a série C, o Governo decidiu suspender o prémio em vigor e substitui-lo por um prémio fixo de 2,75% (275 pontos base), obtendo-se uma remuneração de 3,268%.
Tanto a série B como a série C passaram a ser indexadas a taxas de juro de curto prazo.
Na altura, o Governo esclareceu que estas condições excecionais de remuneração vigoram de 01 de setembro de 2012 a 31 de dezembro de 2016, data após a qual serão retomadas as condições originais, estabelecendo-se um limite máximo de remuneração de 5%.