"Ter sorte dá muito trabalho. Não é só o PIB que veste Prada"
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou hoje no parlamento que o Governo "tem plena confiança nas contas que apresentou" no Orçamento do EStado para 2019 (OE2019), recusando acusações do PSD de que houve "aldrabice política" na proposta orçamental.
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Economia Orçamento
"As contas estão certas", garantiu o ministro das Finanças durante a apresentação da proposta de OE2019 aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
Mário Centeno respondia ao deputado do PSD Duarte Pacheco que, na sua intervenção no parlamento, citou o último relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que deixou reparos às contas apresentadas no relatório do OE2019, para acusar o ministro das Finanças de cometer "aldrabice política".
"O défice pode ser mais do dobro daquilo que nos foi apresentado e que tem sido propagandeado", disse o deputado do PSD.
O ministro respondeu afirmando que o Orçamento "sempre foi apresentado com a conta da Administração Central ajustada da mesma forma", acusando Duarte Pacheco de ter "desconhecimento profundo" sobre a matéria.
Na sua intervenção inicial, o ministro das Finanças lembrou que foram muitos os críticos da estratégia orçamental do Governo, mas que a execução ao longo dos anos provou que as metas foram cumpridas e que o caminho seguido foi o correto.
"Os que previam a catástrofe (...) não viram as suas profecias tornar-se realidade", sublinhou Centeno, acrescentando que os partidos da oposição deviam "ter a humildade de assumir que erraram".
O ministro recusou que os resultados obtidos e que permitiram que "pela primeira vez Portugal tenha contas normalizadas e semelhantes aos dos países da Europa" tenham sido conseguidos pela conjuntura externa.
"Ter sorte dá muito trabalho", considerou Mário Centeno, acrescentado que "hoje não é só o PIB que veste Prada", mas também o emprego, o investimento público ou o défice.
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