Swaps serviram de ovos para fazer omeletas
Quatro antigos gestores de empresas públicas envolvidas na contratação de swaps convergem na ideia de que, face aos recursos limitados, foram ‘obrigados’ a fazer omeletas sem ovos, conta hoje a edição do Jornal de Negócios.
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Economia Gestor
No dia em que os deputados da comissão de inquérito aos swaps contratados por empresas públicas vão ouvir os antigos presidentes do Metro de Lisboa e do Metro do Porto, que contrataram algumas das operações consideradas mais problemáticas, o Jornal de Negócios dá conta da justificação apresentada por quatro antigos gestores destas empresas.
“O Metro do Porto foi feito como se fazem omeletas sem ovos”, afirma Juvenal da Silva Peneda, afastado do Governo por enquanto membro do conselho de administração da empresa ter aprovado quatro swaps, acrescentando que “o crescimento do Metro [do Porto] foi uma operação ímpar em que se conseguiu a abertura sucessiva com uma cadência extremamente rápida”.
Já na Carris, José Silva Rodrigues, ex-presidente da empresa, salienta que “quanto à dívida histórica, o conselho de administração fez também o que lhe competia, tendo apresentado várias propostas de solução ao accionista Estado, as quais não foram, porém, infelizmente, objecto de qualquer decisão”.
“Foi neste contexto de elevado e crescente endividamento que os quatro instrumentos de gestão do risco financeiro foram contratados”, justifica.
A presidente da STCP entre 2006 e 2012, Fernanda Meneses, refere que a empresa “tinha de ter muita imaginação para responder ao défice característico das transportadoras”, o que conduziu à celebração dos swaps.
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