“Há 50 anos, desapareceu Robert Schuman, cuja célebre declaração fundou a União Europeia de hoje. O seu apelo à reconciliação entre europeus ainda ressoa com força. Em nome da Comissão Europeia e em meu nome pessoal, quero prestar homenagem à sua memória e testemunhar o nossos respeito e a nossa gratidão”, lê-se numa declaração de José Manuel Durão Barroso, hoje divulgada em Bruxelas.
Recordando que Robert Schuman era alemão de nascença, tendo-se tornado cidadão francês após a II Guerra Mundial, o presidente da Comissão Europeia sublinhou que o estadista “era sobretudo um europeu de coração e convicção”.
“Este 'pai fundador' colocava a solidariedade e a cooperação no coração da sua visão de uma Europa pacífica, moderna e confiante no seu futuro. A solidariedade e a cooperação devem permanecer no coração da nossa ação. Num mundo que se vai tornando cada vez menos europeu, sejamos cada vez mais europeus”, afirma Durão Barroso.
A concluir, o presidente da Comissão cita as palavras de abertura da célebre “declaração Schuman”, documento lido a 09 de maio de 1950, em Paris, por Robert Schuman, então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, na qual este propôs a criação da Comunidade do Carvão e do Aço, “embrião” da atual União Europeia: “A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criativos à altura dos perigos que a ameaçam”.
“Na era da mundialização, todos nós devemos colocar a nossa inteligência, a nossa energia e o nosso coração na defesa da paz e da democracia, da liberdade e da justiça na Europa e no mundo”, conclui Durão Barroso.