Trabalhadores das limpezas industriais estão hoje em greve
Os trabalhadores do setor da limpeza industrial estão hoje em greve e manifestam-se em Lisboa, em defesa de aumentos salariais e pela manutenção de direitos adquiridos.
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Economia Setor
O dia de luta foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza e Atividades Diversas (STAD), filiado na CGTP, depois de a última reunião de conciliação no Ministério do Trabalho, realizada em 16 de maio, ter sido infrutífera.
O STAD queixa-se de que a associação patronal se recusa a negociar a revisão do Contrato Coletivo, com a intenção de o fazer caducar, levando a perda dos direitos nele consignados.
A paralisação decorre entre as 00:00 e as 24:00 e abrange todos os locais de trabalho e, segundo o sindicato, deverá ter maior incidência nos hospitais, transportes (aeroportos, comboios, metropolitanos), grandes superfícies e instalações fabris.
O STAD prevê também uma elevada participação na manifestação marcada para a capital, dado que estão reservados 20 autocarros para trazer a Lisboa trabalhadores de todo o país, que pretendem participar no desfile que decorrerá ao início da tarde entre o Parque Eduardo VII e a sede da associação empresarial do setor.
A manifestação contará com a participação do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
Os trabalhadores das limpezas industriais reivindicam, no âmbito da revisão do Contrato Coletivo, o aumento dos salários para um mínimo de 600 euros, retroativo a janeiro, e a manutenção de direitos como o subsídio de trabalho noturno ou ao domingo.
A última revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) ocorreu em 2004 e desde então os trabalhadores têm tido apenas o aumento aplicado ao Salário Mínimo Nacional (SMN), o que fez com que os diferentes escalões e categorias profissionais que compunham a tabela salarial do setor fossem absorvidos pelo valor do SMN.
Segundo o STAD, em 2004 os salários do setor variavam entre os 402 euros, do trabalhador de limpeza, e os 590 euros, da supervisora geral, mas atualmente quase todos os trabalhadores ganham os 580 euros do SMN, ficando de fora apenas a supervisora geral.
Os trabalhadores reivindicam ainda um subsídio de refeição de cinco euros por dia, porque consideram insuficiente o atual subsídio de 1,80 euros.
No setor das limpezas industriais trabalham cerca de 35.000 trabalhadores, maioritariamente mulheres, distribuídos por cerca de 3.000 empresas.
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