Setores dos transportes registam transição lenta para fontes renováveis
Associação Portuguesa de Energias Renováveis diz que são necessárias ações urgentes nos setores do aquecimento, arrefecimento e transportes.
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Economia Ambiente
A REN21 divulgou, esta segunda-feira, que do total da potência elétrica instalada a nível mundial em 2017, 70% foi correspondente a renováveis, o maior aumento de potência anual em centrais renováveis na história moderna e que as centrais solares tiveram um crescimento assinalável no ano de 2017.
No entanto, segundo o Relatório da Situação Global das Renováveis enviado ao Notícias ao Minuto, nos setores do aquecimento e arrefecimento e transportes a transição para fontes renováveis e sustentáveis continua muito aquém do progresso do setor elétrico.
“Nos transportes, o aumento da eletrificação está a oferecer oportunidades para o aumento das renováveis, apesar da predominância dos combustíveis fosseis: Em 2017, foram vendidos 1,2 milhões de automóveis elétricos de passageiros, mais de 58% em relação a 2016. A eletricidade fornece 1,3% das necessidades energéticas para os transportes, mas deste 1,3% apenas um quarto tem origem renovável. De uma forma geral, 92% da procura de energia nos transportes continua a ser satisfeita por petróleo, e apenas 42 países têm metas nacionais para o uso de renováveis nos transportes”, lê-se no documento.
De acordo com a REN21, para ocorrer uma mudança tem de ser posto em prática um enquadramento legislativo que incentive a inovação e a integração de novas tecnologias de energias renováveis nestes setores.
Ainda segundo o mesmo relatório, o valor do investimento em nova capacidade de produção renovável foi mais do dobro do investimento em combustíveis fósseis e energia nuclear combinados, apesar dos elevados e incessantes subsídios para a produção energética via combustíveis fósseis. Este desempenho foi possível graças à cada vez maior competitividade das energias renováveis.
A nível regional, o investimento em renováveis concentrou-se na China e Estados Unidos da América que contabilizaram aproximadamente 75% do investimento global em renováveis em 2017. Quando contabilizado por unidade de PIB, as Ilhas Marshall, Ruanda, Ilhas Salomão, Guiné-Bissau e outros países em desenvolvimento estão a investir tanto ou mais em energias renováveis do que os países desenvolvidos e as economias emergentes.
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