"Julgamos caber à FPF o dever desportivo e moral de praticar o exemplo perante os seus órgãos homólogos associativos e contribuir para a defesa da justiça e não para a banalização deste género de acontecimentos, dando azo à ironia e ridicularização na opinião pública", lê-se num comunicado da APAF.
O organismo refere-se a um conjunto de episódios recentes de agressões a árbitros em partidas das divisões inferiores, demonstrando "estranheza perante as punições residuais atribuídas pelo Conselho de Disciplina da FPF".
"Abre-se lamentavelmente, desta forma, um precedente grave que viabiliza situações idênticas de ocorrerem no futuro", aponta a APAF.
Sobre os acontecimentos em Braga, a direcção da APAF recorda que estes incidentes são "cada vez mais recorrentes", principalmente devido ao novo decreto-lei sobre o policiamento nos eventos desportivos.
"Ao contrário das declarações proferidas pelo Ministro Miguel Relvas, infelizmente, este género de situações são, de há algum tempo a esta parte, cada vez mais recorrentes, tendo para isso contribuído a não obrigatoriedade do policiamento. Embora nos escalões de futebol profissional isso seja menos frequente, muitos foram os jogos de escalões inferiores e/ou desporto não profissional interrompidos devido a actos de violência nos recintos desportivos em Portugal. Mais um sinal que a lei deverá ser revista com a maior brevidade possível a fim de minimizar ou pôr cobro a estes acontecimentos", defende.
A APAF lembra ainda que os clubes que organizam os jogos nos seus estádios podem requisitar a força pública.