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Portugal-Hungria: Festa rumo ao Mundial não depende só de Alvalade

Seleção nacional está a um pequeno passo de confirmar mais uma presença num Campeonato do Mundo, mas Portugal precisa de esperar pelo resultado do duelo entre República da Irlanda e Arménia para fazer a festa.

Portugal-Hungria: Festa rumo ao Mundial não depende só de Alvalade

© REUTERS

Miguel Simões
14/10/2025 07:13 ‧ há 19 horas por Miguel Simões

Desporto

Antevisão

Portugal está cada vez mais próximo de garantir a presença no Campeonato do Mundo de 2026 e, esta terça-feira, receberá a Hungria, no Estádio José Alvalade, a contar para a quarta jornada do grupo F, na fase de qualificação via UEFA. O triunfo poderá não ser suficiente, mas a festa continua a ser possível.

 

Em caso de triunfo na receção aos 'húngaros', a seleção nacional precisa de aguardar pelo desfecho do República da Irlanda-Arménia para saber se pode ou não celebrar. Para isso, basta os arménios não vencerem em território irlandês. Caso contrário, as contas serão adiadas para o próximo mês, altura em que Portugal visita a República da Irlanda (adversário que bateu por 1-0 no passado sábado) e recebe a Arménia.

O histórico de confrontos, esse, é amplamente favorável a Portugal. Em 15 jogos, registaram-se 11 triunfos da seleção das quinas e quatro igualdades. O panorama é, por isso, de invencibilidade lusa, sensivelmente um mês após o triunfo suado em território húngaro (2-3), na segunda jornada do grupo, às ordens de Roberto Martínez.

Dentro dos últimos nove jogos, verificaram-se oito triunfos portugueses, sendo que a exceção teve lugar na fase de grupos do Campeonato da Europa de 2016, com um dramático empate (3-3) em França, onde Portugal viria a conquistar o seu primeiro (e até agora único) Europeu. Ou seja, até esse resultado aparentemente mais desfavorável culminou num sorriso de Fernando Santos e companhia.

Apesar do contexto, a Hungria sabe que é 'imperial' vencer em Alvalade se quiser sonhar com a vaga de apuramento direto, porém, caso tal não aconteça, um eventual cenário de empate permite não só adiar as contas, como ainda somar um ponto na corrida pelo segundo lugar, que dá acesso ao playoff de qualificação.

O jogo referente à antepenúltima jornada do grupo F tem apito inicial agendado para as 19h45 (horário de Portugal Continental) desta terça-feira, com arbitragem do sérvio Srdjan Jovanovic, no Estádio José Alvalade, sendo que poderá acompanhar as incidências da partida, em direto, no Desporto ao Minuto.

Treinadores em discurso direto

Roberto Martínez

Mudança de um jogo para o outro: "Acho que tudo passa por avaliar o desempenho global. Sem bola, o desempenho foi exemplar, contra uma equipa que usava bolas paradas e contra-ataques. A Irlanda não teve remates enquadrados. Faltou-nos marcar cedo. Ou bate no poste e entra. Ou bate no poste e sai. Gosto das estatísticas dos golos esperados. A equipa atacou, mas pode sempre melhorar em todos os jogos. Demonstrámos a resiliência para fazer o que acreditamos. Ninguém fala do golo da vitória... O golo não é de azar ou de sorte. É uma jogada típica de Portugal, a manter a bola, a trocá-la e a chegada à segunda linha. Só chegou aos minuto 91... Ainda tínhamos mais seis minutos para continuar a atacar. Temos aspetos para melhorar. A Hungria é uma equipa muito bem organizada. Temos de nos focar no que fizemos bem sem bola e melhorar no resto".

Capacidade goleadora de Portugal: "A nossa média de golos é das melhores do mundo a nível de seleções. Marcamos quase três golos por jogo, em média. Precisamos de valorizar o que fazemos com bola ao detalhe, objetivamente. Somos uma equipa de ataque, que chega muito ao último terço. Não há problema em marcar golos. A Hungria não sofria golos de bola corrida e nós marcamos dois, para além de um de grande penalidade. Nós criamos oportunidades ao alto nível das melhores seleções do mundo. Durante o Euro'2024, no jogo diante de França, jogámos olhos nos olhos com uma das melhores seleções do mundo. Tudo depende de quando conseguimos mudar o primeiro golo. Isso muda todo o jogo. Contra a Arménia, valorizou-se aquele 5-0, mas depois eles ganharam à Irlanda... e nós só marcámos no último minuto. Vamos desfrutar. Temos uma seleção com jogadores incríveis".

Reação às críticas: "Isso faz parte. Gostaria que as críticas fossem informadas, com base em estatística... Acho que agora o foco é desfrutar mais da seleção. Não há uma equipa perfeita. Os jogadores merecem mais respeito tendo em conta o que estão fazer. A crítica faz parte. Não vejo um problema nisso".

Marco Rossi

Desejo de surpreender em Alvalade: "Gostaria que todos os jogadores entrassem com coração, coragem e caráter. Para os futebolistas, o principal inimigo é ter medo do adversário e das circunstâncias. Eu espero que não seja o caso. Sabemos bem o que vamos enfrentar e, perante este adversário, precisamos de seguir o plano tático à risca durante os 90 minutos. Nós sabemos que Portugal está num nível completamente diferente do nosso, temos de estar cientes de que estão entre as cinco melhores seleções do mundo".

Poderio de Portugal: "Dominaram durante 90 minutos, fizeram 30 remates e só marcaram em cima da hora por puro azar. Portugal será uma equipa dominante contra nós. Nós seremos obrigados a defender e teremos de defender com caráter. Em casa fizemos uma boa exibição e estivemos quase a 'roubar' a vitória a Portugal. Temos de reproduzir essa exibição, esperando cometer menos erros e ter um bocado de sorte. Contra Portugal, se não se tem um bocado de sorte, é difícil".

Estratégia assumida: "Contra a Arménia, tivemos mais de 60% de posse de bola e conseguimos criar muito mais oportunidades do que eles. Contra Portugal, parece-me que será mais o contrário. Teremos de defender, mas não queremos defender muito atrás, como aconteceu com a República da Irlanda. Não vieram aqui para defender com linhas tão recuadas, talvez fosse estratégia deles, mas não me pareceu. A estratégia será tentar defender mais alto no campo e ter oportunidades para criar perigo".

Últimos resultados

Portugal: V-V-V-V-V

Hungria: V-D-E-V-D

Últimos onzes

Portugal: Diogo Costa, Diogo Dalot, Gonçalo Inácio, Rúben Dias, Nuno Mendes, Rúben Neves, Vitinha, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Pedro Neto e Cristiano Ronaldo.

Hungria: Balázs Tóth, Loïc Nego, Attila Szalai, Willi Orbán, Milos Kerkez, András Schäfer, Callum Styles, Bendegúz Bolla, Alex Tóth, Dominik Szoboszlai e Dániel Lukács.

Ausências

Portugal: João Neves, Rafael Leão e Gonçalo Inácio (dispensados).

Hungria: (-)

Leia Também: Martínez recebe 'dica' antes do Portugal-Hungria: "Tem de ser dominante"

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