O jogo desta tarde de sábado entre o Mallorca e o Barcelona esteve repleto de polémica pelo meio. Embora o resultado seja claro, duas expulsões a jogadores da equipa da casa e um golo, no mínimo, muito contorverso, Jagoba Arrasate teve muitas razões de queixa do árbitro Munuera Montero.
"Com nove é impossível. O único aspecto positivo é o esforço da equipa e o apoio das pessoas. É preciso cuidar do produto, pois as pessoas pagam mais de 100 euros e assistem a 25 minutos de jogo", começou por dizer o técnico do conjunto da ilha espanhola.
"O quarto árbitro disse ao Munuera Montero na minha frente para parar, que era uma pancada na cabeça. Pensei que ele tivesse apitado, mas depois vi que não. Fiquei um pouco chocado", continuou.
"Nas conversas dizem que é preciso ter cuidado com os golpes na cabeça. Fiquei muito chocado. Quando a bola bate na cabeça, às vezes fica-se tonto. Não acreditei quando vi que ele ia para o meio-campo", assumiu.
"Morlanes protesta e fica logo condicionado. Acho que Muriqi quer chegar à bola e por calçar o 50 tem azar. Depois, a entrada de Raphinha em Mateu Morey, para mim, foi para algo mais. Assustámo-nos com a forma como ele lhe agarra a perna", atirou Arrasate.
"Com 0-1, estivemos perto. Depois, a torcida. Pelo menos, demos o primeiro passo em termos de esforço. Com 0-2 e com nove, esquecemos a baliza adversária, fazemos um grande trabalho coletivo que nos ajuda para outros dias, conectamo-nos com a torcida. Não é fácil", analisou.
No entanto, o treinador do Mallorca não foi o único a tecer críticas à equipa de arbitragem. Antonio Raíllo, jogador que esteve no chão aquando do golo marcado por Ferran Torres, também não poupou o árbitro.
"As pessoas viram, não há muito o que explicar. O protocolo da Liga dizia que, se houvesse comoção ou alguém caísse devido a uma pancada na cabeça, o jogo seria interrompido. Eu fico um pouco tonto e caio. Eles têm tempo para tudo. Que nos expliquem", iniciou o defesa central espanhol.
"Não estou a dizer que a culpa é do árbitro, mas se o regulamento diz uma coisa, tem de ser cumprido. Até os próprios jogadores do Barça nos diziam isso, eles não têm culpa de nada. O árbitro pergunta-me se estou bem. Ferran diz-me que pensava que tinham apitado e que por isso rematou", confessou.
"A expulsão de Morlanes, muitas ações que nos prejudicam. Depois, a entrada de Raphinha, apenas cartão amarelo. Os critérios existem para serem cumpridos. Tínhamos de recorrer ao orgulho, desafiar-nos a nós próprios, deixar a baliza à zero. Quase conseguimos. A sensação é de vergonha. Perde-se completamente o espetáculo", rematou.
O encontro acabou com um resultado de 3-0 a favor do Barcelona, que se estreou na La Liga com uma vitória ao 'embalo' de Lamine Yamal, que fez o terceiro golo e ainda assistiu o primeiro.
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