A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) emitiu, ao final da manhã deste sábado, uma nota de pesar pela morte de Joaquim Oliveira, empresário com uma profunda ligação ao desporto-rei, no plano nacional, aos 78 anos de idade.
"Empresário natural de Penafiel, notabilizou-se nos negócios na área dos direitos televisivos, publicidade e marketing no desporto, especialmente no futebol, onde foi pioneiro em vários setores. Liderou o Conselho de Administração de várias empresas do grupo Controlinveste, sendo atualmente, entre outros, presidente do Conselho de Administração da Olivedesportos e da Sport TV, que fundou. Tinha uma forte ligação à área dos media e ainda vários negócios no universo do entretenimento", pode ler-se.
O presidente do organismo, Pedro Proença, já reagiu a este óbito, lamentando a partida daquela que considera ter sido "uma figura importantíssima na promoção e desenvolvimento do futebol português, que fica inegavelmente mais pobre com a sua partida".
"À família, em especial à mulher e aos filhos, e a todos aqueles que com ele tiveram o privilégio de privar, deixo em meu nome pessoal, e em nome da Federação Portuguesa de Futebol, as mais sentidas condolências", acrescentou o antigo árbitro internacional.
Apoiou André Villas-Boas nas eleições do FC Porto
Irmão de António Oliveira, antigo internacional e selecionador português, Joaquim Oliveira assumira, nos últimos anos, uma posição mais recatada do ponto de vista mediático. Ainda assim, no passado ano de 2024, viu o nome ressurgir na ribalta, especialmente, quando declarou apoio a André Villas-Boas, nas eleições para a presidência do FC Porto, clube do qual foi acionista (assim como de Sporting e Benfica).
"Decidi convidar Joaquim Oliveira para a minha apresentação no dia 17 de janeiro. Tive muito gosto em convidá-lo, é uma pessoa com a qual me relacionei mais nos tempos em que estava no FC Porto, também fruto da amizade do presidente Pinto da Costa com o Joaquim Oliveira", explicou, na altura, o então candidato.
O na altura presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, disse estranhar a "amizade" entre ambos, alegando que a relação poderia ser motivada por "interesses televisivos", ao que o sucessos respondeu: "O presidente não tem acompanhado a liga sobre a centralização e as suas implicações e o que tem a ver com a liga centralização e com o decreto-lei do Governo para centralizar os direitos televisivos. A única coisa que falta definir é a chave de repartição relativamente ao futuro, onde o presidente da Liga, Pedro Proença, garantiu que os clubes não iam perder valor".
Sequestrado em Cascais
Um mês antes, Joaquim Oliveira também foi notícia, ainda que por motivos do foro pessoal, uma vez que foi sequestrado na sua própria moradia familiar, no concelho de Cascais, juntamente com a mulher um grupo de amigos.
Dois homens encapuzados e armados invadiram a mansão do empresário e por lá mantiverem os presentes trancados, durante, sensivelmente, meia hora, até que a sua mulher acioniou o alarme de intrusão, levando a que os prevaricadores fugissem do local.
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