Yeremay Hernández é, neste momento, um dos nomes mais badalados do futebol ibérico, uma vez que está no topo da lista de alvos do Sporting para o reforço das alas do ataque. E, quem o conhece, garante que encaixaria 'que nem uma luva' no sistema tático de Rui Borges.
É o caso de Toñito, antigo jogador que esteve ligado ao conjunto verde e branco, entre 1999 e 2004, e que, em entrevista concedida à edição deste sábado do jornal A Bola, explicou aquilo que os adeptos podem esperar, caso o entendimento com o Deportivo da Coruña pelo criativo venha a concretizar-se.
"Aqui, nas Canárias, todos conhecemos todos. Nunca falei com o Yeremay, mas, futebolisticamente, conheço-o muito bem. É um extremo que pode jogar nas três posições da frente. Atrás do avançado principal ou como um dos dois extremos. É muito vertical, rápido e técnico. E, na última temporada, mostrou que também tem muito golo. Fez 15 e está a crescer. Quanto mais jogar, mais melhorará", começou por afirmar.
"Se for contratado, dará muita profundidade ao Sporting e também muitos golos e assistências. Com Quenda de um lado e Yeremay do outro, o Sporting teria dois grandes extremos. Nunca jogou na divisão principal de Espanha, sim, mas, se gostas de um jogador, só podes saber o seu real valor se apostarem nele", prosseguiu.
"Atualmente, os clubes têm muitas possibilidades de analisar um jogador e os seus números. Mas, claro, só jogando podes ter a certeza absoluta de que tem nível para o Sporting. O Gyokeres não veio da segunda divisão? O Kochorashvili não veio do Levante? O Suárez não veio do Almería?", completou.
"Os clubes já não querem pagar demasiado"
Em Portugal, Toñito somou, ainda, passagens por Vitória FC (de 1997 a 1999), Santa Clara (na temporada de 2001/02, por empréstimo do Sporting), Boavista (na época 2004/05) e União de Leiria (na campanha de 2007/08). Agora, confessa, "o amor" que sente por este país "é infinito e eterno", pelo que está a torcer para que o compatriota rume mesmo a Alvalade.
"O amor que sinto por Portugal é infinito e eterno. Sinto-me mais português do que espanhol, porque praticamente toda a minha carreira profissional foi feita em Portugal. Além disso, os clubes, agora, já não querem pagar demasiado por grandes jogadores que têm idade mais avançada e estão a apostar em grandes jogadores com jovens com um futuro muito mais longo e que podem dar rendimento imediato", referiu.
"E como Espanha e Portugal trabalham muito bem as suas bases, um e outro aproveitam os jogadores com potencial de adaptação mais elevado do país vizinho", completou. Resta, agora, saber se haverá, efetivamente, margem de manobra entre Sporting e Deportivo da Coruña, visto que a primeira proposta verde e branca, na ordem dos 27 milhões de euros (que poderia ascender aos 30 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos), visto que os segundos pretendem ser ressarcidos em qualquer coisa como... 70 milhões de euros.
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