A vida de John Textor não anda nada fácil e agora até os 'seus' clubes questionam as suas decisções. O Botafogo publicou, esta terça-feira, uma nota oficial que questiona os valores envolvidos nas transferências de três jogadores do emblema do Rio de Janeiro, cobrando os valores ao líder do Eagle Football Group.
Os negócios dos jogadores Luiz Henrique para o Zenit, por 33 milhões de euros, e de Igor Jesus, por 19 milhões, e Jair Cunha, por 12 milhões, para o Nottingham Forest terão sido utilizados para 'salvar' o clube francês de ser rebaixado para a segunda divisão, com o clube do Brasileirão a queixar-se de que os valores destas transferências foram "muito abaixo do valor real de mercado".
"A SAF Botafogo reforça que qualquer eventual negociação envolvendo a venda de participação majoritária na sociedade, seja ela conduzida por John Textor ou por terceiros, deverá necessariamente passar por um processo de diálogo e negociação amigável com o atual sócio majoritário", escreve o clube brasileiro em comunicado oficial.
John Textor continua a estar envolto em polémica no mundo do futebol, depois de ter sido a principal razão pela qual o Crystal Palace terá sido 'despromovido' da Liga Europa, para a qual se qualificou ao vencer a FA Cup, para a Liga Conferência, por ter o mesmo dono que o Lyon, que está na mesma competição.
Confira o comunicado da Botafogo SAF na íntegra:
"A SAF Botafogo esclarece que sempre valorizou a colaboração dentro do ecossistema da Eagle Football e mantém o desejo de que essa parceria siga existindo, em benefício de todos os clubes que compõem o grupo.
Infelizmente, medidas adotadas por órgãos reguladores na França comprometeram o funcionamento dessa integração, resultando na interrupção dos acordos de cash pooling que vinham sendo benéficos para todas as partes. Diante deste cenário, tornou-se necessário formalizar, por vias legais, que o atual desequilíbrio financeiro entre as entidades aponta para a necessidade de reembolso à SAF Botafogo por valores anteriormente emprestados.
Além disso, algumas medidas corporativas foram adotadas, com o devido alinhamento junto ao nosso parceiro acionista, o Botafogo de Futebol e Regatas (BFR), visando permitir a entrada de novos aportes de capital no Clube, caso os reembolsos por parte da Eagle ou do Olympique Lyonnais (OL) não sejam viabilizados de imediato.
Tais ações não tiveram caráter provocativo e a SAF Botafogo reconhece integralmente o direito de seu acionista majoritário de ter prioridade em qualquer oportunidade de investimento no Clube, antes que se considere a participação de investidores externos. Ressaltamos, porém, que tais investimentos não seriam necessários caso o OL consiga honrar com os reembolsos devidos.
Para fins de esclarecimento, destacamos que as ações societárias tomadas até o momento consistem apenas em autorizações legais e que não há, no presente momento, qualquer plano que vise à diluição da participação acionária do nosso sócio majoritário. Inclusive, tais medidas seriam necessárias para possibilitar que o próprio acionista majoritário realize novos investimentos.
Por fim, a SAF Botafogo reforça que qualquer eventual negociação envolvendo a venda de participação majoritária na sociedade, seja ela conduzida por John Textor ou por terceiros, deverá necessariamente passar por um processo de diálogo e negociação amigável com o atual sócio majoritário.
Embora medidas judiciais e societárias possam ser interpretadas de maneira equivocada por parte da imprensa, é fundamental que nossos torcedores tenham plena ciência de que a SAF Botafogo segue tendo a Eagle Football como sua acionista controladora, e que esta, por sua vez, é majoritariamente controlada por John Textor. Reiteramos nosso compromisso para que todas as discussões envolvendo o futuro da SAF ocorram de forma transparente, responsável e respeitosa."
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