À margem da Cimeira de Presidentes da Liga Portugal, esta quarta-feira, Frederico Varandas saiu em defesa de Matheus Reis, após o polémico pisão na cabeça de Andrea Belotti, no passado domingo, num dérbi frente ao Benfica (1-3 após prolongamento), que ditou a conquista da Taça de Portugal e a dobradinha do Sporting.
"Há ruído, completamente desproporcionado em relação a este caso do Matheus Reis. Vi o jogo, não me apercebi de nada e começo a ver o ruído em torno do lance, do pontapear… Fui ver o lance. O que se analisa é um frame onde se vê um pé a espezinhar a cabeça de um jogador", começou por dizer o presidente dos leões, em declarações aos jornalistas.
"Tenho o cuidado de ver o lance em velocidade corrida. É impossível alguém dizer que houve a intenção de pisar a cabeça do jogador. O adversário está deitado no chão e o jogador, sem olhar para a cabeça, mete o pé na cabeça. Foi com intenção? Não sei. Ali ninguém consegue dizer que é com intenção. Posteriormente, prguntei ao meu jogador se foi com intenção e ele disse que não", vincou de seguida.
"No primeiro golo do Benfica, nesse jogo, também havia um frame em que parece que o Dahl dá um toque na cara do Geny [Catamo], mas na verdade, em bola corrida, não há falta rigorosamente nenhuma. Mas se eu mostrar aquele frame, garante-se que há uma agressão e que deveria ser anulado. É muito interessante ver este ruído em que parece que há o Matheus Reis e depois há outros lances. No ano passado, num jogo decisivo para o campeonato, vi Di María a agredir Pote com um murro na cara, mas não vi indignação de ninguém. A arbitragem falhou nesse jogo. Tal como já tive vários jogadores agredidos noutros Clássicos. Falamos de um caso em que mais parece que é preciso o Estado reunir-se para perceber o que fazer sobre o caso... É ruído de desespero, provavelmente. É a minha interpretação. Tem de haver bom senso", completou, relembrando lances polémicos no passado.
Recorde-se que o polémico lance do defesa brasileiro aconteceu aos 90+5' da final da Taça de Portugal, junto a uma das bandeirolas de canto do Estádio Nacional, no Jamor, quando o Benfica ainda vencia por 1-0, antes do golo do empate, apontado por Viktor Gyokeres, a forçar o prolongamento (e a 'cambalhota' no marcador).
[Notícia atualizada às 19h53]
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