Roger Schmidt, treinador do Benfica, abordou esta sexta-feira a grande assobiadela de que foi alvo por parte dos adeptos no momento da substituição de João Neves durante o empate entre o clube da Luz e o Farense (1-1).
Insatisfeito com o comportamento dos apoiantes das águias, o treinador alemão abriu a porta à demissão do comando técnico dos encarnados, se considerar que é um problema para o clube.
"A esses adeptos, fiquem em casa, por favor. Não é bom para a equipa. Devem ficar em casa, pois é impossível lutarmos tanto como lutámos hoje. Se não gostam desta equipa do Benfica e se não conseguem apoiar quando eles têm uma entrega tão grande como hoje, fiquem em casa e voltem quando formos campeões e fizermos a festa no Marquês de Pombal. Fazê-lo como fizeram hoje é autodestrutivo. Não estão a respeitar o Benfica e é melhor ficarem em casa", começou por dizer Roger Schmidt, na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo com os algarvios.
"Não é aceitável para mim, porque amo a equipa, o clube e cada jogador, e sei o que eles tentam fazer por este clube incrível. Tivemos uma reação nas bancadas que não consigo aceitar. Respeito que não estejam contentes quando não estamos a trabalhar e a correr, mas se fazemos tudo e mesmo assim não é suficiente, porque perdemos muitas chances, para mim é muito difícil de compreender", continuou o técnico germânico.
"Sei que os objetivos do Benfica são muito altos, mas hoje foi demasiado e temos de mudar algo, caso contrário é impossível atingir os objetivos. Vou pensar no que aconteceu hoje e se sou eu o problema. Se os adeptos querem fazer as substituições, não há problema, substituam-me. Se sou eu o problema, darei espaço a alguém que seja melhor do que eu. Se não for bom o suficiente, eu vou embora", finalizou.
Leia Também: Em dia feriado, valeu 'São Velho'. Benfica escorrega e Schmidt é vaiado
Leia Também: Contestação sobe de tom na Luz: Schmidt alvo da fúria dos adeptos