O futebol brasileiro tem passado por uma fase de casos reprováveis. Cuca e Pedinho foram os protagonistas dos últimos episódios.
O primeiro chegou ao comando do Corinthians e, no final do segundo jogo, já estava a anunciar a saída. Razão? Os adeptos pressionaram o clube relembrando um caso de alegada violação sexual da qual Cuca foi considerado culpado. O caso é antigo, mas ainda não está resolvido.
Já o segundo acabou despedido do São Paulo, pouco depois da saída do treinador Rogério Ceni, após tornadas públicas mensagens ameaçadoras para a ex-namorada. Pedrinho ameaçou matar a antiga companheira, tudo por causa de um telemóvel.
Os dois casos foram reprovados pelos respetivos clubes e adeptos, mas não por uma outra figura do futebol brasileiro. Adson Batista, presidente do Atlético Goianiense, abriu as portas do clube a Cuca e Pedrinho.
"As portas do Atlético estão abertas para o Pedrinho, ex-São Paulo, para o Cuca, um tipo sério, é meu amigo. Se ele errou, já pagou até três vezes mais, porque a execração do nosso país, às vezes, é pior do que a pessoa ir presa", começou por dizer, aumentando o tom dos comentários polémicos.
"Acredito em segundas oportunidades para o ser humano. Vivemos um feminismo exagerado, uns homens cheios de coque [rabo de cavalo], muito femininos. E o pai de família, o provedor da família, fica em segundo plano. Se a pessoa teve um problema na vida, ela merece recuperação. Hoje há 'lacração' em qualquer coisa. O Atlético está de portas abertas para o Cuca, que é um dos maiores treinadores do Brasil. Hoje, por qualquer coisa, as pessoas 'matam' o outro e ele tem de morrer de fome, não pode trabalhar. Se eu sair, bater com o carro e matar alguém sem a mínima vontade de fazer isso, eu vou ser condenado?", disse ainda.
As palavras de Adson Batista surgiram dias depois de uma outra declaração polémica. Na apresentação do novo treinador, Alberto Valentim, o presidente do Atlético Goianiense sugeriu às mulheres distância do clube.
"Quem tiver mulher e estiver inseguro, não passe perto do centro de treinos. Já disse à minha para não aparecer aqui", atirou, tudo porque o treinador que estava a apresentar ficou ligado a rumores de que teria mantido uma relação com a mulher do presidente de um clube onde trabalhou.
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