Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

Pesadelo feito num oito em noite infernal: Notas do FC Porto-Gil Vicente

Azuis e bancos perderam pela terceira vez esta temporada, numa noite histórica para os gilistas. Dois golos anulados, duas expulsões e um penálti contra os campeões nacionais deixam o sonho da revalidação do título a oito pontos de distância.

Pesadelo feito num oito em noite infernal: Notas do FC Porto-Gil Vicente
Notícias ao Minuto

06:52 - 27/02/23 por Rodrigo Querido

Desporto Análise

Um balde de água gelada caiu sobre o Estádio do Dragão no domingo. A noite era de festa pelos 40 anos de Pepe, mas o que seria, certamente, um dia para mais tarde recordar acabou em inferno para os campeões nacionais.

Duas expulsões e um penálti ajudaram o Gil Vicente a surpreender o FC Porto e alcançar a primeira vitória de sempre em casa dos dragões. A derrota, por 1-2, na 22.ª jornada da I Liga deixa a equipa da Invicta a oito pontos do Benfica.

A noite, que culminou com a terceira derrota do FC Porto na I Liga em 2022/23, pode ser contada em oito atos, ou pontos, se pensarmos que é a esta distância que o primeiro lugar já está. Dois golos anulados, duas expulsões e um penálti contra os campeões nacionais juntam-se aos três golos do encontro. Uma noite de pesadelo, mas também de muita tensão no relvado.

No Estádio do Dragão, no Porto, os anfitriões terminaram com nove unidades, devido às expulsões de João Mário, aos 35 minutos, e do colombiano Matheus Uribe, aos 52' por acumulação de amarelos. O encontro até começou com um golo do iraniano Mehdi Taremi, aos quatro, mas o pior viria depois.

O espanhol Fran Navarro repôs a igualdade, aos 27 minutos, tornando-se no melhor marcador da história do clube de Barcelos no escalão principal, à frente dos 28 golos de Paulo Alves, sendo que o brasileiro Murilo concluiu a remontada no Estádio do Dragão, de penálti, aos 45+2.

Quatro dias depois da derrota na visita ao Inter Milão (1-0), da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, o FC Porto soma agora novo golpe na luta pela reconquista do título de campeão nacional e colocou um ponto final numa série de 11 jogos sem perder no campeonato português.

Mas vamos às notas deste encontro:

Figura

Nota de destaque para Murilo. O que se pode pedir mais a um jogador que esteve associado a quatro dos principais momentos do jogo? Atirou uma bola à barra, arrancou um vermelho a João Mário, provocou um amarelo a Uribe e marcou o golo da reviravolta de penálti. Até conseguiu vulgarizar Wendell que acabou substituído ao intervalo.

Surpresa

Carraça que se preocupe com Zé Carlos. Habitual titular nos gilistas, o jogador não pôde ser utilizado por se encontrar emprestado pelo FC Porto ao Gil Vicente. E quem aproveitou a oportunidade foi o jovem, de 24 anos. Daniel Sousa ganhou uma boa dor de cabeça após este jogo. Não só esteve bem a defender, como também foi útil no processo ofensivo, tendo mesmo assistido para o primeiro golo da sua equipa.

Desilusão

Uribe é dos elementos mais experientes do plantel do FC Porto. E, por isso, devia ser dos jogadores que deveria dar o exemplo em campo, mas não o fez esta noite. Para além de ter cometido a grande penalidade que deu origem ao golo de Murilo, o colombiano foi imprudente e deixou o FC Porto reduzido a nove elementos, complicando ainda mais a tarefa à sua equipa. Dois erros graves e decisivos.

Treinadores

Sérgio Conceição: Houve um FC Porto até aos 20 minutos e outro depois disso. Se até perto do meio da primeira parte os campeões nacionais desfilaram no relvado do Dragão, com várias oportunidades para fechar, de vez, o resultado ainda antes da meia hora, o mesmo não se pode dizer do resto do encontro. É certo e sabido que a equipa jogou com menos dois jogadores durante muito tempo, mas, mesmo ainda com 11 jogadores, os portistas não tiveram capacidade de desbloquear a estrutura do Gil Vicente. O golo de Fran Navarro parece, inclusive, ter tido um efeito negativo na equipa. De resto, e no segundo tempo, os azuis e brancos mostraram uma grande garra. Ainda assim, foi insuficiente para a conquista dos três pontos.

Daniel Sousa: Depois de uma entrada em falso, com um golo sofrido e várias oportunidades consentidas, os gilistas cresceram e conseguiram mudar o rumo do jogo com o golo de Fran Navarro. A expulsão de João Mário deu uma ajuda e os gilistas conseguiram, pouco depois, a reviravolta. No segundo tempo, os galos tiveram a 'prenda' do adversário ficar reduzidos a nove unidades, mas nunca conseguiram aproveitar isso. Aliás, os rapazes de Daniel Sousa jogaram muito melhor contra um FC Porto com 11 jogadores do que com a versão com menos dois. A equipa de Barcelos tentou guardar bola em demasia e até podia ter sofrido mais um golo no Dragão. A única situação de maior perigo no segundo tempo foi já na reta final e acabou desperdiçada.

Arbitragem

Jogo com muitos casos para Rui Costa, num duelo também ele recheado de lances polémicos. É verdade que nas decisões de maior dúvida acabou sempre por ir verificar o VAR. Foi assim que se decidiu pelo vermelho a João Mário e pela grande penalidade para o Gil Vicente. Ainda assim, Rui Costa poderia ter mostrado o amarelo a Uribe aquando do penálti de Murilo, médio que seria expulso no segundo tempo. Ficam ainda dúvidas no amarelo que foi mostrado a Pepe, uma vez que lances semelhantes a este lá tiveram direito a cartão vermelho noutras ocasiões.

Leia Também: Escândalo no Dragão. FC Porto (com nove) vai ao tapete e vê Benfica voar

Recomendados para si

;

Acompanhe as transmissões ao vivo da Primeira Liga, Liga Europa e Liga dos Campeões!

Obrigado por ter ativado as notificações do Desporto ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório