Foi um Sporting honrado que se despediu na quarta-feira da edição 2021/22 da Liga dos Campeões. Após a goleada sofrida na primeira mão destes oitavos de final, os leões pouco ou nada tinha a ganhar nesta deslocação ao terreno do Manchester City, mas nem por isso deixaram de mostrar uma boa imagem perante o campeão inglês em título, tal como prometera Rúben Amorim.

No adeus mais do que anunciado à Champions, o conjunto leonino somou um merecido empate em casa dos cityzens, naquele que foi 100.º jogo dos leões na principal competição europeia de clubes de futebol. É certo que é uma despedida amarga, porque terminou com uma eliminação, mas o emblema de Lisboa deu boa conta de si nesta segunda mão, e até podia ter saído com uma vitória de solo inglês.

Quanto ao jogo jogado, o Manchester City apresentou-se em modo gestão, fruto do da goleada alcançada na primeira mão, e a partida em si foi jogada num ritmo pouco elevado. Embora tenham existido alguns lances de maior perigo, e o Sporting tenha causado um ou outro calafrio aos ingleses, a verdade é que a maior parte da partida teve uma velocidade baixa, ao ponto de Amorim ter tido espaço para estrear o jovem Rodrigo Ribeiro, de 16 anos.

Mas vamos às notas deste encontro:

Figura:

Jogo impecável de Fernandinho no seu jogo 100 na Liga dos Campeões. Não é o jogador de outros tempos, mas encheu o campo com uma exibição consistente. Apareceu sempre no sítio certo e tem sentido posicional perfeito.

Surpresa:

Grande entrada de Marcus Edwards neste regresso a solo inglês. Ainda a ambientar-se ao novo clube, o extremo britânico mudou o jogo a favor do Sporting, aproveitando o espaço concedido pelo adversário para desequilibrar em velocidade. Foram dele as duas bolas de golo, desperdiçadas por Matheus Reis e por Paulinho.

Desilusão:

Pablo Sarabia esteve muito longe dos níveis que já apresentou neste Sporting. É dos elementos mais experientes no plantel às ordens de Rúben Amorim, mas esta noite passou ao lado do jogo.

Treinadores:

Pep Guardiola:

Tendo em conta o resultado da primeira mão, os cityzens aproveitaram este jogo para gerir o reste de época que se avizinha. Mantiveram sempre o controlo do jogo, e até marcaram um golo. Mas a verdade é que a vitória na eliminatória nunca esteve em causa.

Rúben Amorim:

Tinha prometido que a equipa ia deixar uma imagem diferente em relação ao jogo da primeira-mão e cumpriu-o. O Sporting procurou sempre o contra-ataque para poder surpreender o adversário, e a verdade é que numa ou outra jogada podia ter conquistado a vitória no Etihad Stadium. Deixa a Champions aos pés do campeão inglês, mas com uma cara limpa.

Arbitragem:

Com um jogo jogado a um ritmo baixo, o turco Umut Meler não teve muito trabalho e geriu o encontro da melhor maneira.

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