Rui Costa discursou, nesta quinta-feira, no âmbito das comemorações do 118.º aniversário do Benfica e para a entrega dos Galardões Cosme Damião aos que mais se notabilizaram no último ano em representação do clube.
"No Benfica a exigência mínima é vencer, porque vencer é a nossa essência. Se por um lado posso afirmar, com mágoa pessoal, que na presente temporada tivemos dissabores inesperados, por outro lado, até final da época desportiva, quer no futebol, quer nas modalidades, temos ainda muita competição para mostrar carácter, compromisso e honrar este manto sagrado. É isso que exijo a mim, mas também a todos os atletas, técnicos e colaboradores, todos os que podem e devem engradecer o nome do Benfica", começou por referir Rui Costa.
"Se o presente é de exigência e compromisso, estou certo que estão identificados motivos que nos levaram a esses dissabores. E mais importante ainda, estão definidas as soluções para que não se voltem a repetir. E não tenho receio de o dizer, voltarmos a liderar. Sabemos para onde queremos ir e o que precisamos de fazer para lá chegar. É com esse desígnio que estamos a trilhar um caminho, um caminho de mudança que permita dotar o Benfica das condições necessárias para triunfar de forma continuada e persistente, um caminho de mudança que terá de provocar alteração de mentalidades, que pretendemos competitivas, ganhadoras e com a paixão que sempre caracterizou este enorme clube", acrescentou.
"Quem representa o Benfica tem de ter essa mentalidade, todos sem exceção. Só pode ser assim. Nesta casa, ganhar, perder ou empatar não pode representar a mesma coisa. Mudanças têm o seu tempo de maturação e justamente, a implementação, mas que são imprescindíveis para lá chegar. É o que todos podem esperar do presidente e da direção do Benfica. É com esta confiança pessoal e com apoio de todos, numa expressão de exigência, mas de inabalável unidade e coesão que construiremos o futuro que continuará honrar a nossa história.
Neste dia, em que distinguimos os melhores, quero assumir a gratidão. A ambição e grandeza do Benfica não se expressa na vertente desportiva. Estende-se além disso, o Benfica é o reflexo de uma dimensão social, solidária e inclusiva em defensa dos valores da paz e do respeito entre os povos. Aqui mobilizamo-nos num dos dos momentos mais críticos da Europa nas ultimas décadas. Através da fundação Benfica e envolvimento das casas do Benfica, apoiamos e ajudamos os que mais precisam na Ucrânia, recolhendo alimentos, bens pessoais e material médico que permitam atenuar tanto quanto possível, este momento de extrema gravidade. Um especial agradecimento a todos os envolvidos nesta missão que revela a dimensão social do Benfica. Que a paz seja uma realidade o mais cedo possível, é o que todos desejamos", complementou o presidente dos encarnados.
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