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Coração de leão, marotice de garoto: As notas do Sp. Braga-Sporting

Verde e brancos resistiram mais de 70 minutos a jogar com menos um e 'mataram' o jogo à beira do apito final, com um golo inesperado de Matheus Nunes.

Coração de leão, marotice de garoto: As notas do Sp. Braga-Sporting
Notícias ao Minuto

08:00 - 26/04/21 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto Análise

As notícias da 'morte' da candidatura do Sporting ao título eram, manifestamente, exageradas. Os leões foram a Braga 'apertados' pela recente série de maus resultados, mas conseguiram superar, não só a pressão, como também a desvantagem numérica durante mais de 70 minutos, e conquistar uma preciosa vitória, por 1-0.

Vitória essa que foi assegurada com mais 'coração' do que outra coisa, até porque desde o primeiro minuto que o Sporting de Braga foi a equipa que melhor se apresentou em campo, com movimentações constantes no ataque e colocando sérias dificuldades ao adversário logo na primeira fase de construção.

Uma toada que se acentuou ainda mais a partir do 18.º minuto de jogo, quando Gonçalo Inácio recebeu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho. Daí em diante, registou-se um 'sufoco' da parte dos arsenalistas, diante de um conjunto verde e branco que se foi mantendo 'vivo' com maiores ou menores dificuldades.

Antonio Adán e Sebastián Coates assinaram exibições 'gigantes' e estiveram sempre intransponíveis na defesa, contra um ataque minhoto que, apesar de ter muito mais bola, só a espaços foi conseguindo encontrar maneira de furar a autêntica 'muralha' que Rúben Amorim construiu.

Este foi o filme do jogo até aos 81 minutos. Foi então que, numa das raras vezes em que foi colocada à prova, a defesa do Sporting de Braga vacilou e deixou Matheus Nunes isolar-se na cara de Matheus após passe de Pedro Porro, num lance em tudo semelhante àquele que custou a eliminação das meias-finais da Taça da Liga, precisamente contra o mesmo adversário.

Um golo valioso, que permite ao líder Sporting passar a somar 73 pontos, mais sete do que o FC Porto, que irá visitar o Moreirense. Já o Sporting de Braga, não só desperdiçou a oportunidade de ultrapassar provisoriamente o Benfica no terceiro lugar, como viu encerradas as hipóteses matemáticas de lutar pelo título.

Figura

Mais uma demonstração categórica de Sebastián Coates no que diz respeito àquilo que é ser o capitão de uma grande equipa. O internacional uruguaio esteve intransponível na defesa, e, quando via que a equipa não tinha forças para seguir em frente, era ele próprio quem a empurrava. É, claramente, uma das figuras do ano no futebol português.

Surpresa

Matheus Nunes ameaça tornar-se num autêntico 'talismã' em Alvalade. Saltou do banco num contexto muito complicado, com a missão de ajudar a defender e explorar uma qualquer oportunidade que surgisse, o que acabou por acontecer à beira do final. Esta 'marotice de garoto' já lhe valeu três golos pela equipa principal, todos eles decisivos.

Desilusão

Exibição muito 'tremida' de Gonçalo Inácio, que já dava sinais de nervosismo ainda antes de receber ordem de expulsão, o primeiro dos quais quando teve que travar Nico Gaitán em falta após perder a bola. O Sporting de Braga 'massacrou-o' durante os instantes iniciais, mas o jovem central já demonstrou que é capaz de (muito) melhor.

Treinadores

Carlos Carvalhal: O Sporting de Braga procurou explorar o espaço entre Gonçalo Inácio e Pedro Porro nos instantes finais, e cumpriu a missão com tamanho sucesso que até 'expulsou' o central. Daí em diante, teve sempre mais bola e até obrigou Antonio Adán a algumas defesas, mas demonstrou falta de criatividade para aproveitar melhor a vantagem numérica.

Rúben Amorim: Um Sporting afetado pelos problemas de sempre quando ainda jogava com onze, visto que, sem conseguir obrigar o Sporting de Braga a pressionar e abrir espaços nas costas, pouco conseguiu fazer para chegar à frente. Depois da expulsão de Gonçalo Inácio, a equipa defendeu-se muito bem, mas também em demasia, tendo-lhe valido a eficácia extrema colocada em prática por Matheus Nunes.

Árbitro

Nada a apontar quanto aos dois cartões amarelos exibidos por Artur Soares Dias a Gonçalo Inácio no espaço de oito minutos... desde que aplicasse o mesmo critério ao longo dos 90 minutos, o que acabou por não acontecer, alternando entre a vontade de deixar jogar e a de impor a autoridade. A tudo isto há, ainda, a acrescentar (muitas) dúvidas no livre assinalado a favor do Sporting no lance que culmina no golo de Matheus Nunes, por falta de Cristián Borja sobre Tiago Tomás.

Leia Também: O golo de Matheus Nunes que valeu a vitória do Sporting na Pedreira

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