Miguel Oliveira: O trajeto, as contas de 2020 e o que esperar de 2021

Piloto português encerrou o seu segundo ano no MotoGP com um lugar no top10. O Falcão venceu duas corridas em 2020 e afirmou-se como um dos pilotos a ter em conta na próxima temporada. Para o ano podemos ambicionar mais subidas ao pódio? Tudo indica que sim...

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© Getty Images

Ruben Valente
23/11/2020 07:14 ‧ 23/11/2020 por Ruben Valente

Desporto

MotoGP

Não poderia acabar o ano de uma maneira melhor. Miguel Oliveira conquistou a pole position, venceu o Grande Prémio de Portugal, fez a volta mais rápida da corrida e dominou a prova do primeiro ao último quilómetro.

Uma amostra clara do talento do Falcão português e um bom prenúncio para a nova época, onde Miguel Oliveira irá trocar de equipa. Mas já lá vamos... Primeiro, as contas de 2020.

Top 10 no segundo ano de MotoGP

Foi um ano muito positivo para o piloto português, que subiu duas vezes ao pódio, e logo ao lugar mais alto. Em Estíria e em Portimão, Miguel Oliveira venceu e fez história ao tornar-se no primeiro luso a triunfar na categoria mais alta do motociclismo.

Notícias ao MinutoA celebrar o triunfo no Grande Prémio de Portugal© Getty Images

A época terminou com um 9.º lugar na classificação geral, com 125 pontos, ficando apenas a 14, por exemplo, do terceiro classificado, Alex Rins. Foi uma temporada muito competitiva, num panorama geral, que também se deveu à infeliz lesão de Marc Márquez logo no início do Mundial.

Miguel Oliveira fez uma época regular, mas a pergunta que se terá de fazer é: Onde poderia ter terminado o português caso não abandonasse em três corridas? O português da KTM Red Bull Tech 3 não pontuou em quatro provas, sendo que em três delas teve de abandonar devido a quedas. E, nesses três abandonos, dois deles foram provocados por colisões com Brad Binder e Pol Espargaró, em que, é preciso salientar, os pilotos da KTM de fábrica... não ficaram muito bem na fotografia.

Essas foram até provas em que a RC16 de Miguel Oliveira se mostrou muito competitiva. No entanto, o que fica são os factos e não as possibilidades. O português, caso não tivesse caído, poderia ter somado vários e importantes pontos para as contas do Mundial e, quem sabe, alcançar um top5 já este ano.

O que esperar, então, de 2021?

Depois de dois anos de grande evolução na carreira de Miguel Oliveira, e também na sua moto, o português vai deixar a equipa satélite da Tech3 e juntar-se à KTM de fábrica. Um passo em frente nas ambições do piloto natural de Almada, que permite projetar um próspero ano de 2021. Contudo, há vários fatores a ter em conta.

Uma mudança de equipa leva sempre a uma nova adaptação, e a verdade é que Oliveira estava já muito confortável e familiarizado com toda a estrutura dos franceses da Tech3. A teoria diz-nos que a subida à equipa de fábrica é sempre um passo em frente, embora seja preciso confirmá-lo. Se a KTM continuar a desenvolver a sua moto como tem feito até aqui, perspetivam-se boas corridas em 2021 para o Falcão. 

Porque uma coisa é certa: talento não falta a Miguel Oliveira, consistência também não, e motivação o piloto português tem de sobra, depois de um ano de 2020 muito bom na carreira. Talvez seja cedo para apontar ao título, mas esta temporada mostrou que tudo é possível, que o diga a Suzuki... Marc Márquez estará também de volta, ao que tudo indica, mas acreditamos que será possível a Miguel Oliveira atingir um top5 no final de 2021.

Um trajeto recheado de sucesso até à categoria rainha

Para quem segue a carreira de Miguel Oliveira, o sucesso do piloto português não será estranho. Desde as categorias inferiores que o #44 (mudou para #88 quando chegou ao MotoGP) foi um número sempre ligado à grande qualidade em pista. 

Nem tudo foram rosas, mas é também de espinhos que se fazem os campeões. Miguel Oliveira teve anos complicados, mas alcançou dois vice-campeonatos em Moto3 e Moto2, antes de chegar ao MotoGP. E, aliás, o seu sucesso esteve sempre ligado à... KTM.

Começando pela categoria mais baixa, Moto3, Miguel Oliveira teve o seu ano de ouro em 2015, quando venceu seis corridas e somou nove pódios. Não foi o suficiente para conquistar o campeonato, mas foi o que bastou para impressionar o mundo do motociclismo. No ano seguinte, o português deu o salto para a Kalex, em Moto2, mas com apenas 33 pontos, foi um ano particularmente difícil. 

Miguel não baixou o braços, com a ajuda do seu pai chegou novamente à KTM, e foi então que a dupla fez novamente sucesso. Os pódios e as vitórias voltaram a surgir, e o Falcão terminou o Mundial de Moto2 em 2017 na 3.ª posição. No ano seguinte, o voo foi ainda mais alto e alcançou o estatuto de vice-campeão, antes de se aventurar no MotoGP. Miguel Oliveira conquistou 297 pontos no Mundial de Moto2 e começou a escrever a sua página de história na categoria rainha do motociclismo.

Notícias ao MinutoMiguel Oliveira ao serviço da KTM Ajo na categoria de Moto2© Getty Images

Moto2 6 vitórias 13 pódios 2 poles
Moto3 6 vitórias 21 pódios 2 poles

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