Leonardo, diretor desportivo do Paris Saint-Germain, concedeu uma extensa entrevista à edição de terça-feira do jornal francês Le Parisien, na qual abordou, sem tabus, a situação de Neymar, que está sob alçada disciplinar do clube por ter falhado a data de apresentação aos trabalhos de pré-época.
O dirigente explica que o clube irá, agora, “estudar as medidas a tomar” com o internacional brasileiro, e sublinha que as datas dos “compromissos com o seu instituto e com um patrocinador” não foram “acordadas com o clube”, ao contrário do que disse o pai do jogador.
Questionado sobre se a vontade do avançado passa por deixar a capital francesa, Leonardo respondeu abertamente: “É claro para toda a gente. Mas, no futebol, num dia diz-se uma coisa, noutro diz-se outra… É incrível, mas é assim”.
“Toda a gente sabe tudo. A posição é clara para todos os envolvidos. Mas, ao dia de hoje, uma coisa é certa: ele ainda tem três anos de contrato connosco. E, uma vez que não recebemos uma proposta, não podemos discutir nada”, atirou.
E, pela primeira vez, o diretor desportivo do PSG reconheceu a existência de “contactos bastantes superficiais” com o Barcelona, clube ao qual Neymar foi contratado em 2017, a troco de 222 milhões de euros: “Eles disseram que queriam comprar, mas nós não estamos a vender”.
“Neymar pode deixar o PSG se aparecer uma proposta que agrade a toda a gente. Mas até à data, não sabemos se alguém o quer comprar, ou a que preço. Tudo isto não será feito de um dia para o outro, isso é certo”, rematou.