Os responsáveis são o director de operações, David Taylor-Smith, e o director dos eventos globais, Ian Sewell, que abandonam a empresa após ser tornado público o conteúdo de um relatório independente sobre os problemas deste verão.
O governo foi forçado a mobilizar inesperadamente 17 mil militares porque a G4S só forneceu sete mil dos 10.400 seguranças privados necessários para proteger os recintos dos Jogos Olímpicos, a maioria dos quais em cima do acontecimento.
O relatório concluiu que a empresa não estava suficientemente consciente da complexidade e escala do contrato, e que o acompanhamento foi ineficaz, tendo os problemas apenas sido identificados semanas antes do início dos Olímpicos, a 27 de Julho.
Porém, segundo o conselho de administração, num comunicado divulgado hoje, considera ser "do interesse da companhia e dos seus accionistas que Nick Buckles permaneça como presidente-executivo do Grupo".
A razão, explica, é que, embora a responsabilidade final pelo desempenho seja do presidente, o relatório não identificou qualquer lacuna da sua parte.
Buckles admitiu na altura em que foi conhecida a situação que esta era "humilhante" para a empresa que, entre outras coisas, presta serviços de segurança a aeroportos, prisões e a bancos.
Incerto é ainda o montante da penalização que sofrerá por não ter cumprido inteiramente o contrato, avaliado em 280 milhões de libras (351 milhões de euros).
A G4S, que se prontificou a pagar algumas das despesas dos militares, estimou que esta poderá ascender aos 50 milhões de libras (63 milhões de euros).