Diretamente do Asteróide B612 para o Teatro da Trindade, 'O Principezinho'. É praticamente impossível nunca ter ouvido falar dele, dos miúdos aos graúdos, dos amantes de literatura aos que passam bem sem os livros, todos conhecem o pequeno príncipe capaz de transportar mensagens de amor e amizade sem preço.
A peça de teatro musical criada em Espanha por Àngel Llàcer e Manu Guix chega agora a Portugal. Com direção e versão de Pedro Penim, estará em cena a partir de hoje (dia 10) e até dia 29 de abril, todas as sextas, sábados e domingos.
Mais do que uma adaptação do livro, esta é uma peça que tem “uma espécie de carimbo oficial da fundação Saint-Exupéry, que foi ver o espetáculo e que desde o início promoveu e apoiou”, contou ao Notícias ao Minuto Pedro Penim.
No palco da Trindade, Mariana Pacheco, Paulo Vinté, Joana Brito Silva, José Lobo e Diogo Bach dão vida a uma peça repleta de música, em que a emoção e as recordações não faltam num momento em que o pequeno de cabelos loiros encontra um piloto no deserto.
Depois de assistir à peça e das emoções estarem bem à flor da pele, o Notícias ao Minuto conversou com alguns atores e com o responsável pela peça em Portugal. Os nervos são quase impossíveis de disfarçar, mas a ânsia da estreia é mais do que visível.
Paulo Vintém mostra estar praticamente sem palavras para descrever este desafio. “É fantástico”, sorri. “Esta peça chegou até mim e não podia ter vindo numa melhor altura, porque tinha muitas saudades de palco”, confessa, explicando que tem andado focado em trabalhos como realizador.
Paulo Vintém, o aviador em 'O Principezinho'© Filipe Ferreira / Universal Music
O aviador é “uma personagem que eu sinto, é um contador de histórias, dá para olhar para as pessoas, sente-se”, refere, não deixando esquecer que há nervos mas que mal pode esperar para ver “[este] teatro lindíssimo cheio”.
Mariana Pacheco com a personagem da Rosa© Filipe Ferreira / Universal Music
Mariana Pacheco também sobe a este palco com um sentimento especial, principalmente porque vem do mundo da televisão e aqui há uma proximidade diferente com o público, como revelou.
“Foi um grande desafio agarrar as personagens que me deram e fazer parte desta história porque é possivelmente a história que mais li ao longo da vida, se não foi a primeira, foi das primeiras, já reli, li agora de novo e toda a gente devia ler em todas as partes da vida”, referindo, garantindo que “vai ser mágico para as crianças, mas muito verdadeiro para os adultos”.
Joana Brito Silva, atriz que dá a vida ao Principezinho© Filipe Ferreira / Universal Music
Joana Brito Silva diz que representar nesta peça de teatro “é uma responsabilidade enorme porque toda a gente tem uma ideia do Principezinho”, até porque, apesar de haver o “desafio de trazer alguma coisa de novo”, é preciso “não esquecer todas as imagens que as pessoas já conhecem”.
Por outro lado, Pedro Penim recorda que “o musical é muito exigente do ponto de vista técnico, precisa de bons atores que cantem muito bem”, mas “as escolhas foram criteriosas” e o seu trabalho ficou “facilitado”.