A segunda edição do Abril Dança em Coimbra, que decorre de 04 a 30 de abril, é marcada por "um salto" na programação do festival que arrancou em 2016, contando com 13 espetáculos que reúnem alguns dos maiores nomes da dança contemporânea portuguesa, como é o caso de Rui Horta, Olga Roriz ou Paulo Ribeiro.

Com "mais de 60 mil euros" de orçamento, o evento coorganizado pela Câmara de Coimbra e pelo Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) quer afirmar-se este ano como "o maior festival de dança da região Centro" e pretende, "a breve prazo", poder ser "um grande festival de dança com capacidade de projeção internacional", notou o diretor do TAGV, Fernando Matos de Oliveira, que falava durante a apresentação da iniciativa.

Abril Dança em Coimbra divide-se este ano por diferentes espaços da cidade, passando pelo Conservatório de Música de Coimbra, o grande auditório, a 'blackbox' e a praça das bandeiras do Convento São Francisco, a Praça da República, o TAGV e a Oficina Municipal do Teatro.

Pelo evento, vão passar nomes já com percurso reconhecido - como é o caso do diretor do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues, e os coreógrafos Olga Roriz e Paulo Ribeiro -, assim como "apostas com algum risco" de nomes em afirmação, nomeadamente a coreógrafa catalã Àfrica Martinez Ferrin, Marina Nabais ou Joana Pupo, explanou Fernando Matos de Oliveira.

O festival começa a 04 de abril com 'Uníssono - Composição para cinco bailarinos', de Victor Hugo Pontes, no auditório do TAGV, e no dia seguinte há a estreia absoluta de 'Ready, Steady, Go!', de Àfrica Martinez Ferrin, com um espetáculo na Praça da República que estabelece um diálogo "entre o atletismo e a dança" e que se repete a 19 de abril no mesmo local.

O grande auditório do Convento São Francisco vai receber a companhia Olga Roriz, que apresenta em Coimbra 'Antes que Matem os Elefantes', a 07 de abril.

No mesmo espaço, passam ainda Tiago Rodrigues com 'Assim, Tipo? Dança Contemporânea' no dia 13, e a companhia Paulo Ribeiro, com 'Ceci n'est pas um film - Dueto para Maçã e Ovo', interpretado por Ana Jezabel e João Cardoso, a 28 e 29 de abril.

A 20 de abril, a companhia de Coimbra Teatrão apresenta um ensaio aberto de 'Anticorpos', espetáculo encenado por Patrick Murys e que vai estrear em junho.

No Dia Mundial da Dança (29 de abril), para além do espetáculo de Paulo Ribeiro, haverá a antestreia de 'Da Insaciabilidade no Caso ou ao Mesmo Tempo um Milagre', de Joana Von Mayer Trindade e de Hugo Calhim Cristóvão - uma peça que tem como base Almada Negreiros - e a apresentação do solo de Rui Horta 'Vespa', que volta ao palco com este espetáculo, "após 30 anos de ausência", e que estará no grande auditório do Convento São Francisco também a 30 de abril.

Pelo evento, passam ainda 'A Tundra', de Luís Guerra, 'Corpo-Mapa-Livro', de Joana Pupo e Marina Nabais, e uma coreografia de Cristina Pereira, interpretada por bailarinas do curso de dança do Conservatório de Coimbra, que vai decorrer intervalada pela projeção do documentário 'Sonhos de Dança - Nos passos de Pina Bausch'.

A vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro da Cultura, Carina Gomes, sublinhou que se pretende "colocar em Coimbra o que de melhor se está a produzir na dança contemporânea nacional", referindo que a dança "é uma área estratégica" no que diz respeito à programação do Convento São Francisco reaberto há cerca de um ano.