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Novo CD de Fernando Rolim é apresentado hoje em Coimbra

O cantor Fernando Rolim apresenta hoje o seu novo álbum, 'Coimbra, um Tempo que não Passa...', que fez "para não deixar morrer a canção de Coimbra", no qual gravou um dueto com uma tricana.

Novo CD de Fernando Rolim é apresentado hoje em Coimbra
Notícias ao Minuto

08:06 - 25/03/17 por Lusa

Cultura Música

A sessão, agendada para as 17:30, no Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, é apresentada pelo realizador de rádio Sansão Coelho, e conta com a participação de Alberto Martins, António Arnaud, Polybio Serra e Silva e António Nunes.

Em declarações à agência Lusa, Fernando Rolim disse que a "canção de Coimbra é sentimento e é isso que tem de transmitir", e faz a "ponte entre a cidade e a universidade", em que "é essencial a tradição oral, na transmissão de conhecimentos, e de histórias que fazem a alma da canção de Coimbra, e constituem o seu sentimento".

Fernando Rolim começou a cantar em finais da década de 1950, e decidiu editar o este CD, "para não deixar morrer a canção de Coimbra e manter a tradição".

O CD 'Coimbra, um Tempo que não Passa... (Memórias de Coimbra)' é editado pela Valentim de Carvalho, e conta com 18 temas, dos quais o músico destacou a 'Desgarrada' entre o estudante e tricana, que gravou com Graça Lage.

Uma tema que "é muito antigo, e que reflete o que dantes se passava, em que o estudante - e vinham estudantes de toda a parte - namoriscava a tricana [figura feminina conimbricense, que trajava de xaile e lenço, muito comum na literatura e canção desde finais do século XIX], mas que depois regressava à sua terra".

"Quis reviver isso - quando eu era estudante ainda havia tricanas -, porque me parece que não há nenhum disco sobre a canção de Coimbra, em que haja o dueto entre o estudante e a tricana", disse o cantor, médico pediatra de profissão, que teve também vontade de "registar a voz típica da tricana - e irá fazer estremecer quem a ouvir".

Outro destaque do cantor é o 'Fado Hilário', que "tem sido cantado por muitíssima gente, e é muito conhecido", música de autoria do viseense Augusto Hilário (1864-1896), que foi amigo do poeta João de Deus.

Fernando Rolim canta o 'Fado Hilário' em três quadras, duas de autoria de Hilário e uma de Manuel Julião.

Rolim inssurgiu-se com a designação de "fado de Coimbra".

"De fado não tem nada, é mais canção de Coimbra do que fado, até porque reflete um conjunto de misturas musicais, trazidas pelos estudantes das suas regiões, que depois as caldeavam com o folclore próprio de Coimbra".

"Há várias canções de Coimbra relativas às diferentes regiões, de onde eram naturais os estudantes, o que deu à canção de Coimbra uma enorme riqueza. Neste CD inclui o instrumental 'Bailados do Minho', de Anthero da Veiga, que era minhoto, e uma canção açoriana, 'Saudade, saudadinha', cuja letra é popular, sem autor conhecido, e que um estudante açoriano Edmundo Bettencourt, musicou".

'Vira de Coimbra' é outro dos temas que gravou, acompanhado pela Quarentuna. "O vira era cantado por alturas das fogueiras de S. João, em Celas e no Calhabé", contou.

"Coimbra tem três símbolos: o primeiro é espiritual, que é a Rainha Santa Isabel, depois tem um símbolo material que é a universidade e a sua torre que caracteriza Coimbra, está a presidir à cidade, e o terceiro símbolo é imaterial, mais conhecido por fado de Coimbra, mas que é a canção de Coimbra", declarou.

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