Fernanda Mira Barros assume a liderança dos Livros Cotovia
Os Livros Cotovia anunciaram hoje o nome de Fernanda Mira Barros, como nova diretora editorial, que fazia já parte da equipa, sucedendo assim a André Jorge, o fundador da casa editora, que morreu em agosto do ano passado.
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Cultura Editora
Fernanda Mira Barros nasceu em Lisboa, em 1967, e licenciou-se em Línguas e Literaturas Inglesa e Alemã, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi responsável pela criação do "blog" da Cotovia, em 2011.
"Passados cinco meses sobre a morte de André Jorge, tomo a direção desta casa editora, onde me formei e onde passei a quase totalidade da minha vida profissional", afirma Fernanda Mira Barros, no comunicado hoje difundido, acrescentando: "A Cotovia retoma o seu caminho".
No primeiro texto que deu a conhecer no "blog" dos Livros Cotovia, em janeiro de 2011, Fernanda Mira Barros atestava: "A Cotovia é uma editora muito boa", e reconhecia, em seguida, que não lhe ficava bem afirmar tal, pois já ali trabalhava "há 20 anos".
"Mas a humildade é uma virtude que em excesso se torna defeito. E, sem mim, a Cotovia seria tão boa como é, portanto estou à vontade para escrever que a Cotovia é uma editora muito boa", justificava.
E é "uma editora muito boa porque", acrescentava Fernanda Mira Barros, "sendo pequena, funciona como uma editora pequena", ou seja: "Lemos e discutimos tudo o que publicamos; podemos demorar horas a perorar sobre a pertinência ou impertinência de uma palavra", explicava, demonstrando o modo de funcionamento.
Fernanda Mira Barros reconhecia que esta prática podia não ser boa "do ponto de vista da gestão pecuniária e do tempo".
"Os dias não estão para excentricidades dessas, mas sabermos que, se quisermos, podemos discutir até ao fim dos tempos a pertinência do ponto e vírgula é qualquer coisa que define a Cotovia como uma editora muito boa", sublinhava.
Ness texto, explicava como trabalhava com o outro editor, André Jorge: "Guerreamos. Amuamos. Chegamos a acordos mal digeridos por uma das partes que, em regra, guarda um trunfo bem escondido na manga para sacar dele na guerra seguinte", até chegarem a um "consenso", que, "como a humildade, é uma virtude que em excesso se torna defeito, e isso é outra coisa que define a Cotovia como uma editora muito boa".
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