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Vista Alegre lança jarra com 'maõs' de Mia Couto e Roberto Chichorro

O desenho do pintor moçambicano Roberto Chichorro, que há 15 anos ilustrou o livro de Mia Couto ‘Mar Me Quer’, foi agora recuperado para a produção de uma jarra da portuguesa Vista Alegre, apresentada esta semana em Maputo.

Vista Alegre lança jarra com 'maõs' de Mia Couto e Roberto Chichorro
Notícias ao Minuto

12:32 - 24/02/13 por Lusa

Cultura Desenho

A Vista Alegre, uma das principais produtoras mundiais de porcelana e cristal, inaugurou uma loja em Moçambique e apresentou a jarra denominada Mar Me Quer, título de um livro de Mia Couto, cuja capa foi pintada por Roberto Chichorro.

"É uma grande felicidade esse casamento que agora está a acontecer entre um texto meu e um desenho do Roberto Chichorro", disse à Lusa o escritor moçambicano Mia Couto, lembrando que o pedido ao pintor foi feito há uns 15 anos, na véspera da publicação do seu livro.

Agora "gostaria que fosse essa consagração dessa possibilidade de cruzar artes. As artes, normalmente, a gente pensa que elas têm fronteiras muito claras. Entre a pintura e a escrita há um limite, uma demarcação bem clara. Isso prova que não é assim. Essas artes se misturam", disse à Lusa Mia Couto.

A apresentação da jarra Mar Me Quer contou com a presença do ministro da Cultura de Moçambique, Armando Artur, e do embaixador de Portugal em Moçambique, Mário Godinho de Matos.

O presidente do conselho de administração da Visabeira em Moçambique, António Costa, disse que a obra Mar Me Quer, publicada por Mia Couto em 1998, foi agora escolhida na colecção 1+1=1 como "uma celebração da lusofonia" e representa "uma das mais recentes iniciativas artísticas da marca Vista Alegre dedicadas à cultura".

O dirigente da Visabeira em Moçambique citou o pintor moçambicano Roberto Chichorro, ausente na cerimónia, que fez um comentário sobre a jarra.

"Nunca tinha pensado nas artes a confundir fronteiras, como diz, com toda a razão, Mia Couto. Penso que as artes desfazem fronteiras", disse Roberto Chichorro, citado numa nota de imprensa da Visabeira.

O titular da pasta da Cultura de Moçambique defendeu, por isso, a necessidade de as artes e cultura "criarem riqueza para o país", destacando que "é sabido que eles criam riqueza" e que "o mais importante é capitalizar esta criação".

Por seu turno, o embaixador português em Moçambique considerou "impressionante" o processo de internacionalização da Vista Alegre, destacando a colecção 1+1=1, um projecto lançado pela Vista Alegre com o objectivo de distinguir a excelência na produção artística, unindo universos artísticos distintos.

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