Faz esta terça-feira, 6 de outubro, 16 anos que Amália Rodrigues faleceu. Tinha na altura 79 anos de idade.
Durante décadas, Amália foi figura maior, não apenas do Fado, mas também do país. No tempo do Estado Novo e muito para lá do fim da ditadura, a voz da fadista continuou a ecoar mundo fora.
A sua voz foi ouvida e aplaudida no Brasil. Mas talvez seja ainda mais curioso relembrar o sucesso que a fadista teve, cantando em português, para plateias que, na sua maioria, pouco ou nada compreendiam da nossa língua. Estados Unidos, França ou Japão foram apenas alguns dos países onde Amália subiu ao palco para acabar ovacionada.
E pese embora o facto de a figura artística de Amália ter ecoado para lá do mundo do Fado, a verdade é que este género musical, tão caracteristicamente português, continua a renovar-se, dando a conhecer ao mundo novas vozes, femininas e masculinas.
Mas esta bem-vinda renovação continua a ser feita sob o peso da memória, em particular a de Amália Rodrigues, mulher que mereceu honras de Panteão Nacional, e que quase um século depois de ter nascido continua a a ser ouvida.