Trabalhadores de museus e monumentos em greve devido a feriados

Os trabalhadores dos museus e monumentos nacionais cumprem hoje nova greve ao trabalho em dias feriados, tendo a respetiva federação sindical lamentado esta semana a "falta de respostas do Governo".

Mosteiro dos Jerónimos

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Lusa
15/08/2025 10:30 ‧ há 3 horas por Lusa

Cultura

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De acordo com um comunicado da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) divulgado na segunda-feira, os trabalhadores vão regressar à greve no quadro da paralisação em dias feriados que tem decorrido ao longo do ano, porque "ainda não foi apresentada qualquer proposta para alterar a situação, por parte do Governo".

 

A estrutura sindical revelou que se reuniu a 15 de julho com a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e com o conselho de administração da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP), "não tendo sido dada qualquer resposta às reivindicações apresentadas, mantendo-se o atual valor a pagar pelo trabalho em dia feriado aos trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos".

Os trabalhadores exigem a "justa compensação" do trabalho prestado em dias feriados e também do trabalho suplementar, que consideram ser insuficientemente pago, e só até duas horas suplementares, embora por vezes tenham de trabalhar mais do que esse tempo no total.

"É a troco de uma compensação irrisória que em nada reflete a exigência e responsabilidade da função, que os trabalhadores mantêm abertos aos feriados os museus, monumentos e sítios arqueológicos, assegurando com profissionalismo e dedicação a segurança do património e o bom funcionamento desses equipamentos, sem terem sequer direito a um descanso compensatório", alega a federação.

No comunicado, referiam que, "em 2024, os 38 equipamentos da Museus e Monumentos de Portugal tiveram uma receita de bilheteira de 21.217.432,00 de euros", obtida com "o turismo e as visitas de estudo organizadas pelas escolas, confirmando o papel central do património na cultura".

"Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos do PSD e do PS, com ou sem CDS, tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriado", argumentam ainda, no comunicado.

Nos 37 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa) e o Convento de Cristo (Tomar), trabalham cerca de mil funcionários, estimou, em abril, o dirigente sindical Orlando Almeida.

As greves em dias feriados têm encerrado vários museus e monumentos pelo país, incluindo alguns dos mais visitados em Portugal.

Num texto partilhado no seu 'site', a MMP alertava para possíveis "perturbações no acesso aos museus e monumentos" sob gestão da empresa pública e lembrava que os bilhetes já comprados poderão ser trocados ou reembolsados através de pedido para a Blueticket.

"Lamentamos os transtornos causados e agradecemos a compreensão", escrevia a MMP.

Leia Também: Museus e monumentos nacionais gratuitos hoje para jovens entre 12 e 29

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