Organizada pela câmara, a mostra com obras de Moita Macedo, pai do atual ministro da Saúde, Paulo Macedo, intitula-se "Moita Macedo /Agora venho de outras partes" e vai estar patente, até ao dia 28 de setembro, no primeiro piso do MACE.
A exposição dedicada ao "reconhecido artista" inclui desenhos, pinturas e poemas da sua autoria e tem como curador o diretor de Museu Estremenho e Iberoamericano de Arte Contemporânea de Badajoz (MEIAC), Antonio Franco.
Segundo os promotores, o catálogo apresenta, além das obras de Moita Macedo, textos e ensaios críticos pelo professor universitário Mário Avelar e pelo presidente da Associação Espanhola de Críticos de Arte, Tomás Paredes.
Considerado como "uma das principais figuras do panorama cultural e artístico de Portugal, desde o início dos anos sessenta", Moita Macedo nasceu, em 1930, em Benfica de Ribatejo e faleceu, em 1983, em Lisboa.
Em 1963, conheceu Almada Negreiros, cuja amizade manteve por algum tempo na Gravura Cooperativa, e, dois anos depois, em 1965, conheceu Artur Bual, que exerceu uma influência significativa na sua carreira.
Entre 1972 e 1974, dirigiu e expôs nas galerias Futura e Opinião e foi, por esta altura, que manifestou, em textos e opiniões, a sua oposição à ditadura. Em 1980, organizou, com Artur Bual e Francisco Simões, a exposição "Viagem ao Mundo da Linha e da Forma e da Cor".
Só depois de sua morte, foi possível publicar a sua obra literária, tendo sido, desde então, repetidamente, homenageado como um poeta e artista.
"Os traços formais e conceptuais que caracterizam o seu trabalho aproximam-no do informalismo, dentro do qual não se esgotam as distintas facetas expressivas da sua obra. Inseparável do seu trabalho como artista plástico é a sua escrita poética", resume a Câmara de Elvas.