Nemo contra participação de Israel na Eurovisão: "Não faz sentido"

Nemo, que venceu a Eurovisão em 2023, sublinhou que "as ações de Israel estão fundamentalmente em desacordo com os valores que a Eurovisão pretende defender - paz, unidade e respeito pelos direitos humanos".

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© Jens Büttner/picture alliance via Getty Images

Notícias ao Minuto
09/05/2025 22:04 ‧ há 9 horas por Notícias ao Minuto

Cultura

Eurovisão

Nemo, artista que venceu a 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, em 2024, em nome da Suíça, afirmou que "não faz sentido que Israel" participe no concurso devido à atual ofensiva na Faixa de Gaza.

 

"Pessoalmente, acho que não faz sentido que Israel faça parte desta Eurovisão. E da Eurovisão em geral, neste momento", afirmou Nemo, após lhe terem perguntado, numa entrevista ao HuffPost, sobre a sua opinião acerca de uma carta aberta de 70 ex-participantes a pedir a exclusão de Israel (que incluía a Salvador Sobral).

"Não sei se quero entrar em pormenores, mas diria que não apoio o facto de Israel fazer parte da Eurovisão neste momento", acrescentou. "Apoio o apelo à exclusão de Israel do Festival Eurovisão da Canção".

Nemo sublinhou que "as ações de Israel estão fundamentalmente em desacordo com os valores que a Eurovisão pretende defender - paz, unidade e respeito pelos direitos humanos".

A participação de Israel na Eurovisão no ano passado foi bastante criticada devido ao conflito na Faixa de Gaza. Antes do evento, a organização defendeu que a Eurovisão "é um concurso para as emissoras - não para governos - e a emissora pública israelita participa no concurso há 50 anos".

Questionada sobre o facto de a Rússia ter sido expulsa do festival, em 2022, após a invasão da Ucrânia, a UER explicou que o país liderado por Vladimir Putin violou as suas "obrigações" enquanto membro e violou "os valores dos meios de comunicação social públicos".

Este ano, a estação de televisão israelita escolheu Yuval Raphael, uma sobrevivente do ataque do Hamas de 7 de outubro, como a sua representante. Já Portugal será representado pelos Napa com 'Deslocado'. 

Sobre o facto de a União Europeia de Radiodifusão (UER) ter restringido o uso de bandeiras por parte dos artistas na Eurovisão, permitindo "apenas as bandeiras oficiais do país que representam no concurso", Nemo considerou tratar-se de uma medida "estúpida".

A medida, sublinhe-se, faz com que passe a ser proibido o uso de bandeiras LGBTQ+ e, no ano passado, Nemo, que se identifica como não-binário, levou a bandeira não-binária para o palco. 

"Isso é tão estúpido", disse. "Não percebo. Às vezes é tão aleatório. Sinto-me como... porquê? Percebem o que quero dizer?"

Eurovisão proíbe artistas de mostrarem bandeiras LGBTQ+ no concurso

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O uso de bandeiras por parte dos artistas passou a ser mais restrito, estando autorizadas "apenas as bandeiras oficiais do país que representam no concurso".

Notícias ao Minuto | 12:13 - 02/05/2025

Sublinhe-se que, este ano, o Festival Eurovisão da Canção 2025 realiza-se entre 13 e 17 de maio, em Basileia, na Suíça, após a vitória de Nemo, com 'The Code', na edição do ano passado. 

Leia Também: Israel aconselha cidadãos a "evitar exibir símbolos judeus" na Eurovisão

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