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Ministros belgas pedem expulsão de Israel da Eurovisão

A participação de Israel na Eurovisão, que este ano se realiza em Malmo, na Suécia, entre os dias 7 e 11 de maio, tem sido alvo de críticas.

Ministros belgas pedem expulsão de Israel da Eurovisão
Notícias ao Minuto

17:25 - 07/03/24 por Notícias ao Minuto

Cultura Eurovisão

A ministra da Cultura da Bélgica, Benedicte Linard, e o seu homólogo da região da Flandres, Benjamin Dalle, apelaram a que Israel seja impedido de participar na 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção - algo que a organização do evento se tem recusado a fazer - devido à corrente ofensiva na Faixa de Gaza.

"Tal como a Rússia foi excluída dos concursos e da Eurovisão na sequência da invasão da Ucrânia, Israel deve ser excluído até pôr termo às suas violações flagrantes do direito internacional, que estão a causar milhares de vítimas, especialmente crianças", afirmou a ministra Benedicte Linard, na rede social X, na quarta-feira. 

Já numa intervenção no parlamento belga, a ministra afirmou que iria pedir à estação pública RTBF, que está a organizar a participação da Bélgica na Eurovisão, para expressar a sua opinião à União Europeia de Radiodifusão (UER).

Por sua vez, o ministro regional Benjamin Dalle afirmou, em declarações à estação flamenga VRT, que a expulsão de Israel era "apropriada" devido ao sofrimento dos civis palestinianos. 

A participação de Israel na Eurovisão, que este ano se realiza em Malmo, na Suécia, entre os dias 7 e 11 de maio, tem sido alvo de críticas, com vários artistas europeus a pedir a expulsão do país do Médio Oriente.

Por outro lado, mais de 400 celebridades e executivos da indústria de cinema de Hollywood assinaram uma carta aberta a defender a participação de Israel, considerando que a "atual ronda de combates não é uma guerra que Israel quisesse ou tenha começado" e punir o país "seria uma inversão da justiça".

Após o anúncio de que Israel iria participar no certame, a UER defendeu que "o Festival Eurovisão da Canção é um concurso para as emissoras públicas de toda a Europa e do Médio Oriente". "É um concurso para as emissoras - não para governos - e a emissora pública israelita participa no concurso há 50 anos", reiterou.

Recentemente, a participação do país esteve em causa devido a posições políticas. A letra da música, intitulada 'October Rain' ['Chuva de Outubro', em português] e cantada por Eden Golan, incluía os versos "já não há ar para respirar" e "eram todos bons miúdos, cada um deles", numa aparente alusão aos jovens que foram mortos por militantes do grupo islamita Hamas num festival de música.

Havia ainda referência a "flores", que, de acordo com o jornal Israel Hayom, é um código militar para os soldados mortos das Forças de Defesa de Israel (IDF).

Na semana passada, a cadeia pública de radiodifusão israelita Kan, responsável pela seleção da participação de Israel na Eurovisão, anunciou que iria alterar a letra da canção para evitar que o país fosse desqualificado.

"A medida foi tomada depois de o comité que supervisiona o Festival Eurovisão da Canção ter decidido desqualificar a participação de Israel devido à sua 'natureza política'", afirmou a Kan em comunicado.

O país do Médio Oriente, recorde-se, estreou-se no festival europeu em 1973, uma vez que, segundo as normas do concurso, todos os membros ativos da União Europeia da Radiodifusão - ou seja, que façam parte da Área Europeia de Radiodifusão e que pertençam ao Conselho da Europa - podem participar. Desde então, já venceu quatro vezes: em 1978, 1979, 1998 e 2018.

Leia Também: Israel altera letra de canção para a Eurovisão para atenuar tom político

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