Morreu Charlie Haden, o mais português dos contrabaixistas norte-americanos
O contrabaixista norte-americano Charlie Haden, 76 anos, que gravou a "Grândola" e compôs com Carlos Paredes, morreu na sexta-feira, em Los Angeles, anunciou a editora do músico, a discográfica alemã ECM.
© Lusa
Cultura Los Angeles
"É com profundo pesar que anunciamos que Charlie Haden, nascido a 06 de agosto de 1937, em Shenandoah, Iowa, morreu hoje [sexta-feira], às 10:11, hora do Pacífico [18:11, em Portugal Continental], após doença prolongada", lê-se no comunicado divulgado pela ECM Records, na sexta-feira à noite.
Charlie Haden atuou pela primeira vez em Portugal, no primeiro Cascais Jazz, em novembro de 1971, tendo saudado os movimentos de libertação de Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique, a quem dedicou a interpretação de ‘Song for Che’.
Em 1983, no disco ‘The Ballad of the Fallen’, gravou a sua versão de ‘Grândola, vila morena’, de José Afonso. Sete anos mais tarde, em 1990, o disco ‘Dialogues’ (‘Diálogos’), dava corpo à parceria encetada com o guitarrista português Carlos Paredes.
Com uma carreira de quase meio século, Charlie Haden trabalhou com músicos de jazz como Ornette Coleman, Keith Jarrett, Alice Coltrane, Paul Motian e Carla Bley, entre muitos outros.
A morte do músico e compositor de jazz, fundador da Liberation Music Orchestra, verificou-se cerca de um mês após a publicação do seu novo álbum, feito em parceria com o pianista Keith Jarrett, ‘Last Dance’, ‘Última dança’.
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