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Concurso para ampliação do Museu do Chiado abre até ao fim do mês

A diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, Emília Ferreira, disse hoje à agência Lusa que o concurso internacional para a ampliação do museu, num investimento estimado em oito milhões de euros, vai abrir ainda este mês.

Concurso para ampliação do Museu do Chiado abre até ao fim do mês
Notícias ao Minuto

21:39 - 13/12/23 por Lusa

Cultura Museu do Chiado

Contactada a propósito do ponto da situação do projeto, anunciado em janeiro pelo Ministério da Cultura, e sobre o andamento das obras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a responsável mostrou-se satisfeita com o decorrer de uma medida que irá "beneficiar as condições do acervo e exposições, dos funcionários e dos visitantes" do Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado (MNAC-MC).

"O lançamento do concurso internacional do projeto de ampliação está para muito breve, até ao final deste mês, e as obras deverão começar previsivelmente no final de 2024, início de 2025", disse a diretora à Lusa.

Na segunda-feira foi publicada em Diário da República uma portaria através da qual a Secretaria de Estado do Orçamento autoriza a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) a avançar com a repartição de encargos no âmbito do procedimento da empreitada relativa ao concurso de conceção por prévia qualificação, para a elaboração do projeto de ampliação do MNAC-MC, no montante 1,1 milhões de euros.

Em janeiro deste ano, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, anunciou obras de ampliação do Museu do Chiado para duplicar as áreas de reservas e exposições, uma medida reclamada há décadas pelos vários diretores desta instituição pública.

"Desde esse anúncio, a equipa do museu tem estado a trabalhar no projeto preliminar, que seguiu para a tutela e depois para a Ordem dos Arquitetos, com quem estivemos em contacto para esclarecer alguns pontos", indicou Emília Ferreira.

A previsão é que o concurso internacional para a elaboração do projeto de remodelação e ampliação do Museu do Chiado seja lançado até ao final de dezembro, para posteriormente se avançar com a respetiva obra, "como ficou estabelecido no compromisso com a tutela".

O projeto de ampliação abrange uma parte do edifício onde estava anteriormente instalada a PSP, parte do edifício do antigo Governo Civil de Lisboa, e uma remodelação que crie uma articulação com os três edifícios, incluindo o mais antigo onde o museu está instalado, "para haver uma lógica de percurso e utilização", segundo a responsável.

A concretização deste projeto de ampliação é de grande importância para o Museu do Chiado, "que não tem tido a possibilidade, por falta de espaço, de apresentar uma exposição de longa duração, com peças em número significativo, com um percurso mais compreensivo da coleção".

"O que temos conseguido fazer é ir apresentando vários núcleos diferentes baseados no acervo", indicou Emília Ferreira, acrescentando que serão "também muito bem-vindos espaços técnicos, auditório, serviços educativos e para reservas".

Quanto ao progresso das obras do PRR, iniciadas este mês, para as quais o MNAC-MC recebeu 1,8 milhões de euros, a diretora afirmou que deverão demorar seis meses e estão a ser focadas na reparação de "problemas antigos e urgentes", nomeadamente a recuperação e instalação de ar condicionado, coberturas, reparações de infiltrações, e substituição de janelas.

Em fevereiro de 2014, o então secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, assinou um protocolo com o Ministério da Administração Interna (MAI) e o Ministério das Finanças para cedência de parte do convento S. Francisco, onde também tinha funcionado uma esquadra da PSP e o antigo Governo Civil, com o objetivo de duplicar o espaço disponível para o Museu do Chiado.

As obras de ampliação estenderam-se primeiro para o edifício do Governo Civil, na Rua Capelo, que abriu em 2015, estabelecendo-se mais tarde a ligação ao edifício original do museu, na Rua Serpa Pinto.

A cedência do espaço então sob tutela do MAI no Convento de São Francisco correspondia a um projeto já antigo, que atravessou vários governos, mas nunca chegou a ser concretizado.

Um dos principais problemas do museu, apontado por todos os diretores dos últimos 30 anos, era a exiguidade do espaço para mostrar uma das mais importantes coleções públicas de arte do país.

O MNAC-MC, que possui hoje um acervo de quase 5.000 peças de arte, desde 1850 à atualidade, muitas delas em entidades como embaixadas e ministérios, completou 100 anos em maio de 2011.

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