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Obras de Vieira da Silva e Arpad Szenes doadas a fundação dedicada aos 2

Obras dos pintores Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes foram doadas à fundação dedicada aos dois artistas, em Lisboa, pela pintora canadiana Tobie Steinhouse, que teve aulas com o pintor nos anos 1950 em Paris.

Obras de Vieira da Silva e Arpad Szenes doadas a fundação dedicada aos 2
Notícias ao Minuto

20:05 - 02/10/23 por Lusa

Cultura Paris

De acordo com a fundação, em comunicado, Tobie Steinhouse, de 98 anos, doou àquela instituição "um espólio importante ligado ao casal de pintores Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes".

O espólio inclui pinturas, serigrafias, fotografias, desenhos, cartas e postais ilustrados, trazidos para Lisboa pelo filho e pela nora da pintora canadiana.

De acordo com fonte oficial da Fundação Arpad Szenes -- Vieira da Silva, fazem parte do espólio doado três gravuras, um guache e um desenho de Vieira da Silva, dois óleos e uma têmpera da Arpad Szenes e três óleos sobre tela de Tobie Steinhouse.

Criada ainda em vida de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), uma das mais importantes pintoras portuguesas, e instituída por decreto-lei em 10 de maio de 1990, a Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, que tutela o museu com o mesmo nome, tem como missão garantir a existência de um espaço, em Portugal, onde o público possa contactar permanentemente com a obra do casal de artistas.

Quando França sofreu a ocupação nazi, na Segunda Guerra Mundial, Vieira da Silva e Arpad, que viviam em Paris, tentaram regressar a Portugal, mas o presidente do Governo da ditadura, António Oliveira Salazar, retirou a nacionalidade portuguesa à pintora e ao marido, cidadão húngaro de ascendência judia.

Vieira da Silva e Arpad partiram então para o Brasil onde estiveram exilados entre 1940 e 1947, permanecendo apátridas até 1956, ano em que lhes foi concedida a nacionalidade francesa.

O Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva foi inaugurado a 03 de novembro de 1994, num edifício da Praça das Amoreiras, cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, e apresenta regularmente exposições com a obra do casal ou de artistas com os quais tiveram algum tipo de ligação de amizade.

A Fundação Calouste Gulbenkian custeou as obras de remodelação e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento apoiou o projeto na área da investigação.

A coleção do museu cobre um vasto período da produção de pintura e desenho do casal: de 1911 a 1985, para Arpad Szenes (1897-1985), e de 1926 a 1986, para Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992).

Também foi desejo de Vieira da Silva legar um espaço de investigação aberto ao público, cumprido com a criação do Centro de Documentação e Investigação que, além de desenvolver pesquisas internamente, tem acolhido investigadores portugueses e estrangeiros.

Na Rua João Penha, junto à praça das Amoreiras e ao museu, está também aberta ao público a antiga casa-atelier da pintora, com uma programação própria de exposições e conferências, acolhimento de atividades propostas pela comunidade e residências para artistas e investigadores.

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