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Livro 'Arquivo' do arquiteto Diogo Seixas Lopes vai ser lançado sábado

O livro de arquitetura 'Arquivo', que reúne os textos e publicações do arquiteto Diogo Seixas Lopes (1972-2016), vai ser lançado no sábado, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, anunciou a editora.

Livro 'Arquivo' do arquiteto Diogo Seixas Lopes vai ser lançado sábado
Notícias ao Minuto

17:00 - 15/11/19 por Lusa

Cultura Arquitetura

De acordo com a Trienal de Arquitetura de Lisboa, que promove o lançamento em parceria com a Editora Dafne, vão seguir-se lançamentos no Porto, no dia 21, e em Zurique, na Alemanha, no dia 22 de novembro.

O livro, editado pelo arquiteto André Tavares, "é uma peça monumental de 856 páginas, onde texto e imagem dialogam e organizam os textos e a produção escrita de uma vida com o objetivo de tornar acessível um volume de trabalho que antes se encontrava disperso em vários suportes e em diferentes meios".

A reunião de todos estes textos pretende dar uma nova vida aos esforços dedicados de Seixas Lopes para descobrir ideias e refletir sobre elas, servindo a sua produção ela mesma como reflexão crítica.

Da música punk rock ao cinema, da arte à arquitetura, do arquiteto italiano Aldo Rossi (1931---1997), à banda desenhada, a obra de Diogo Seixas Lopes "é um manancial de ideias, leituras e sentidos ainda por explorar".

O livro 'Arquivo' pretende estabelecer pontes e diálogos intelectuais abertos, segundo a editora.

O volume está organizado em várias secções, começando com as suas contribuições como crítico de música do jornal Já, em 1996, como guia de atividades culturais em Alice, assim como crítico de cinema na revista Première, entre 1999 e 2001.

A secção intitulada 'Banda Desenhada' contém as histórias aos quadradinhos que produziu de 1989 a 2002.

Ainda a série de textos 'XPTO', produzida em vários contextos, e o capítulo Música, Cinema & Arte, que abrange o período de 1998 para 2006.

A arquitetura forma o núcleo central do livro, com textos escritos entre 1992 e 2016, dos quais os da revista Prototypo, que coeditou de 1999 a 2004, e do Jornal Arquitectos.

Ainda foi deixado espaço para os textos d' O Espelho, jornal coletivo de parede que fazia parte da Trienal 2013.

O livro termina com 'Obra', capítulo que contém textos dedicados ao seu trabalho construído, e aos seus estudos históricos e teóricos de Aldo Rossi que desenvolveu de 2009 a 2015.

Diogo Seixas Lopes foi o cocurador, com André Tavares, da 4.ª edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa, que aconteceu em 2016 sob o título "The Form of Form/A Forma da Forma".

O arquiteto não assistiu à concretização da trienal, morrendo em fevereiro, vítima de cancro.

O lançamento em Lisboa decorrerá às 17h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, com a participação de Maria João Guardão, Gonçalo Byrne, Ricardo Pedroso Lima, Jorge Figueira e Fernanda Fragateiro.

No Porto, dia 21 de novembro, às 21h30, no Cinema Passos Manuel, é apresentado com a participação de Mark Lee, Teresa Novais e Pedro Bandeira, e em Zurique, a 22 de novembro, às 19h00, na Livraria Never Stop Reading, com a participação de Christoph Gantenbein e Victoria Easton.

Diogo Seixas Lopes nasceu em Lisboa, em 1972, e licenciou-se em arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa, doutorando-se pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique.

Foi professor convidado na Universidade de Coimbra e na Universidade de Carleton em Ottawa e foi bolseiro do Centro Canadiano de Arquitetura e da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Foi consultor da Garagem Sul do Centro Cultural de Belém e sócio, com Patrícia Barbas, da Barbas Lopes Arquitetos.

O escritório desenhou edifícios públicos e privados, remodelações, montagens de exposições bem como colaborações com outros arquitetos como Peter Märkli, e em conjunto com Gonçalo Byrne concluiu a Requalificação do Teatro Thalia em Lisboa.

Este projeto foi nomeado para os Icon Awards 2012, Designs of the Year 2013 e o Mies van der Rohe Award 2013.

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