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Portugal revela "sinais de potencial sobrevalorização" do preço das casas

Verificam-se "sinais de potencial sobrevalorização" do preço das casas no país, alertou a Comissão Europeia num relatório sobre os desequilíbrios macroeconómicos dos Estados-membros publicado esta quarta-feira.

Portugal revela "sinais de potencial sobrevalorização" do preço das casas

Apesar da recessão causada pela pandemia, os preços das casas continuaram a subir e, em Portugal, esta tendência tem sido verificada desde há cinco anos, tal como refere a Comissão Europeia. “O crescimento dos preços das casas excedeu o limiar indicativo durante cinco anos consecutivos até 2020“, escreveu o executivo comunitário num relatório sobre os desequilíbrios macroeconómicos dos Estados-membros publicado esta quarta-feira.

Dada esta subida consecutiva, verificam-se "sinais de uma potencial sobrevalorização" no mercado imobiliário nacional, alerta a Comissão Europeia no mesmo relatório.

Recorde-se que a Comissão Europeia manteve Portugal num grupo alargado de Estados-membros para os quais considera justificada uma análise aprofundada aos desequilíbrios macroeconómicos, sublinhando que a crise da Covid-19 agravou vulnerabilidades já anteriormente identificadas.

Segundo a Comissão, observou-se que os preços das casas continuam a crescer a um ritmo superior ao da inflação. Isto porque "depois de um aumento de 8,4% em 2020, os preços das casas desaceleraram para 5,2% no 1.º trimestre, e voltaram a subir para 6,6% no 2.º trimestre de 2021."

Embora a disponibilidade de empréstimos para a compra de casa se tenha mantido favorável, o 'stock', para o mesmo período, "foi bastante limitado e a procura de imóveis apareceu em grande parte impulsionada por financiamento pessoal", faz ainda sobressair a Comissão Europeia.

Relativamente ao crédito às famílias, os preços das casas subiram à boleia de uma maior disponibilidade de empréstimos hipotecários. Segundo o executivo comunitário, a taxa de aumento anual em crédito à habitação acelerou de 1,7% em janeiro de 2021 para 3,2% em junho deste ano.

Além disso, o crédito à habitação com taxa fixa atingiu os 5,7% de todos os contratos em 2020. No entanto, os contratos com taxa variável continuam a ser superiores, a representar 82,3% do total, tornando-os assim "altamente sensíveis a mudanças futuras nas taxas de juro", finaliza a Comissão Europeia.

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