As yields na habitação no Porto estão com forte quebra. A constatação é feita pelo consultor em finanças imobiliárias, Gonçalo Rodrigues, na plataforma Out of the Box, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Da análise dos dados trimestrais INE, relativos às rendas e preços medianos na habitação, o consultor concluiu que as yields na habitação na Invicta estão a descer, tendo caído para 4,5% no final do arranque do ano.

De acordo com o consultor em finanças imobiliárias, ao contrário do que é possível observar na cidade de Lisboa, onde as yields corrigiram em ligeira alta no 1.º trimestre de 2021, a cidade do Porto mantém uma tendência de forte crescimento nos preços o que aliado a uma ligeira descida das rendas medianas de -2,5% levou então a uma quebra nas yields para 4,5%.

Na realidade, os dados semestrais do INE já evidenciavam uma queda nas yields, informa Gonçalo Rodrigues. No final de 2020, a yield mediana na habitação no Porto estava nos 5%, abaixo dos 5,56% que tinham sido registados em Junho de 2020.

A yield mais baixa do Porto é vista na União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, de 3,87%, enquanto que a freguesia de Campanhã se situava nos 6,9%. O forte crescimento de preços na Campanhã no início deste ano terá levado a uma forte correção em baixa das yields, acrescenta o consultor.

De realçar que uma yield é uma medida de rentabilidade, isto é, assume um valor percentual, ou seja, é uma taxa. 

Investidores estão a ganhar?

De acordo com Gonçalo Rodrigues, quem tenha investido em habitação na Campanhã no último ano está já a registar uma rentabilidade bastante apreciável. Apesar de uma ligeira descida nas rendas medianas nesta freguesia, de 1,6%, a verdade é que as rendas ainda se encontram em um valor historicamente elevado.

Para o consultor em finanças imobiliárias, adicionalmente, com uma subida homóloga de 40% nos preços medianos de venda, um investimento seja em buy-to-let, seja em flipping, já terá com certeza representado um ganho assinalável a um investidor, lê-se no artigo da Out of the Box.

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