Segundo Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, os dois processos foram comunicados na segunda e na terça-feira, tendo a administração considerado que se trata de uma "inevitabilidade".
"Alegam a crise no setor automóvel e a consequente falta de encomendas. Dizem que aguentaram até ao limite, mas que agora não dá mais", referiu.
Segundo Francisco Vieira, a Coindu conta atualmente com 1.170 trabalhadores em Famalicão.
O sindicalista acrescentou que a empresa pretende este ano ter uma disponibilidade de entre 800 e 825 trabalhadores.
Em 2026, esses números deverão subir para 950 a 1.050 trabalhadores.
"São notícias muito violentas, há muita revolta e descontentamento, muita gente a sofrer por dentro", disse Francisco Vieira, sublinhando que os visados serão essencialmente os mais novos na empresa, cujos despedimentos "ficarão, obviamente, mais baratos".
Disse ainda que os problemas na Coindu começaram Na pandemia de covid-19.
Em finais de 2024, a Coindu fechou a fábrica que tinha em Arcos de Valdevez, deixando sem emprego 350 trabalhadores.
Segundo Francisco Vieira, a empresa terá aberto "há meia dúzia de meses" uma fábrica na Tunísia, transferindo para lá parte da sua produção.
Em 2022, entre Arcos de Valdevez e Vila Nova de Famalicão, a Coindu empregava 2.100 trabalhadores.
A Lusa tentou ouvir a administração da Coindu, mas ainda sem sucesso.
Leia Também: Atenção! Estas entidades não estão autorizadas a conceder créditos