Mais de um terço dos portugueses considera usar automóveis autónomos

Mais de um terço (36%) dos portugueses considera utilizar automóveis autónomos para deslocações diárias, sendo que as mulheres são as menos confiantes, de acordo com um estudo da Netsonda encomendado pela DE-CIX hoje divulgado.

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Lusa
21/05/2025 10:10 ‧ há 5 horas por Lusa

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Apesar de afirmarem que são necessários mais testes e regulamentos, "quase quatro em cada 10 inquiridos consideram a utilização de carros autónomos para as suas deslocações diárias, sendo que as mulheres (31%) estão menos confiantes do que os homens (41%)", refere o estudo.

 

Três quartos (76%) dos portugueses inquiridos acreditam que os veículos autónomos precisam de ser testados e devidamente regulamentados, sendo que as mulheres preocupam-se mais com o desempenho destes em situações imprevisíveis (69%), enquanto os homens tendem a confiar mais, sendo que 62% estão preocupados com questões de segurança.

O estudo quantitativo foi realizado através da aplicação de um questionário 'online' junto do painel Netsonda, com uma amostra representativa da população portuguesa com idades entre os 18 e os 64 anos.

Ao todo foram realizadas 800 entrevistas 'online', o que corresponde a uma margem de erro de mais ou menos 3,46%, tendo a recolha de informação decorrido entre 09 e 16 de abril, um inquérito realizado pela Netsonda em colaboração com a DE-CIX, principal operador mundial de Internet Exchange (IX).

As razões mais comuns para a utilização de um automóvel autónomo foram menos streee e fadiga ao conduzir (66%), tempos de deslocação mais rápidos devido a percursos otimizados (49%) e a capacidade de realizar multitarefas ou trabalhar durante o percurso (47%),

Em sentido inverso, as posições para não usar veículos automóveis foram a incerteza sobre como lidar com situações imprevisíveis (60%), o medo de falha ou avaria da tecnologia (56%) e as preocupações de segurança (55%).

"Com a IA a avançar rapidamente e a tornar-se cada vez mais integrada na ciência, tecnologia, negócios e vida quotidiana das pessoas, é crucial que os pioneiros, programadores e facilitadores de IA levem em consideração e compreendam a perceção pública sobre a IA", afirma o presidente executivo (CEO) da DE-CIX, Ivo Ivanov, citado em comunicado.

"Para colher os frutos das oportunidades que a IA representa, as empresas terão de garantir a transparência, a segurança e a proteção dos dados para conquistar a confiança dos utilizadores. Com isto em prática, a IA tem o potencial de ajudar a resovler alguns dos maiores desafios do mundo nos próximos anos", salienta o gestor.

No que respeita aos robôs humanóides, os portugueses dividem-se, com as menções negativas a registarem 55% das respotas e 36% a afirmar que não gostam e são contra este tipo de soluções tecnológicas em casas.

"As menções positivas registaram 42% das respostas dos inquiridos" e 16% admitiram que os robôs ajudam os humanos e reduzem o esforço.

Relativamente à confiança da IA tomar decisões em situações críticas, 36% afirmaram que nao se pode confiar neste caso, com os homens a confiar mais nesta tecnologia (40%) que as mulheres (32%).

Quanto às razões para considerar a IA confiável nas aplicações avançadas, as principais são na análise mais rápida de dados do que os humanos (71%), a capacidade de processar dados em tempo real instantaneamente (64%) e o seu treino em grandes quantidades de informação (60%).

Em sentido inverso, a falta de capacidade para lidar com emoções ou necessidades complexas (59%), falta de intuição humana (57%) e potenciais falhas nos algoritmos (54%) são razões para considerar a tecnologia pouco fiável nas aplicações avançadas de IA.

"O estudo demonstra claramente que, embora a IA esteja a tornar-se mais comum em Portugal, o público tem opiniões diversas e, muitas vezes, cautelosas sobre as suas formas mais avançadas e autónomas", aponta Ivo Inanov.

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